TCE é acionado para investigar falhas nas ações de despoluição do Tietê
Na última quarta-feira (13), Erika Hilton (PSOL), vereadora de São Paulo, e Debora Camilo (PSOL), vereadora de Santos, protocolaram uma representação ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) pedindo a abertura de investigação dos atuais contratos de operações de despoluição do Rio Tietê pelo Governo do Estado de São Paulo.
Para as parlamentares, há indícios de falhas nas operações de despoluição e de que o orçamento do Estado pode estar sendo aplicado em ações ineficientes. Elas informam na representação que desde 2010 foram celebrados 49 contratos de despoluição do Rio Tietê no valor de R$ 3,74 bilhões e que tais operações estão concentradas apenas na região metropolitana.
No dia 10 de julho, o trecho do Rio Tietê que corta a cidade de Salto amanheceu novamente coberto por uma manta de espuma tóxica. O fenômeno, de acordo com as autoridades da Estância Turística, é a consequência científica da concentração de resíduos químicos na água em um período de baixa precipitação, na qual as cachoeiras presentes no curso de água geram tribulações que, por sua vez, contribuem para a geração da espuma.
O pedido de investigação das vereadoras ainda pede que o Tribunal de Contas indique ao Governo do Estado a necessidade de contratação de atividades de despoluição do Rio Tietê em cidades fora da Região Metropolitana de São Paulo que não possuem medição de IQA – Índice de Qualidade das Águas “Boa” ou “Ótima”, como Pirapora do Bom Jesus, Araçariguama, Cabreúva, Itu, Salto, Porto Feliz, Tietê, Laranjal Paulista, Conchas, Piracicaba e Anhembi.
As informações são do setor de comunicação da vereadora Erika Hilton, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara paulistana e que por muitos anos foi moradora de Itu.