>>> Veículos Históricos: FNM JK 2000
No dia 21 de abril de 1960, além da inauguração de Brasília, a Capital Federal, o Brasil festejava, na indústria automobilística, o lançamento do FMN JK, que era produzido pela Fábrica Nacional de Motores (FNM – pronunciada Fenemê), estatal que havia comprado o ferramental e a licença para produzir o Alfa Romeo 2000 no País.
A origem do modelo se dá na década anterior, sendo o primeiro projeto da fábrica italiana após a Segunda Guerra Mundial, tendo ingressado em 1957 no mercado americano, contando com frisos, detalhes cromados e um discreto “rabo-de-peixe”.
Mesmo tendo um preço “salgado” (150 salários mínimos da época, o que hoje seria o equivalente a R$ 161.211) para adquirir o modelo 0 km, o carro caiu no gosto do brasileiro graças a sua tecnologia, possuindo câmbio de cinco marchas (o que era uma novidade), duplo comando de válvulas no cabeçote, bloco do motor de alumínio e pneus radiais.
Outro ponto que chamava a atenção era que o painel possuía um velocímetro sem ponteiro, com a velocidade sendo indicada por uma fita vermelha que corria pelo mostrador. Além disso, o banco dianteiro, reclinado, se transformava em uma “cama de casal”.
No País, o modelo foi batizado de JK em homenagem ao presidente da República Juscelino Kubitschek (1902-1976), que comandou o Brasil entre 1956 e 1961. Porém, após a instauração do Regime Militar, a partir de 1964, o modelo precisou mudar de nome, passando a ser FNM 2000.
Bastante estável, o modelo que possuía 95 cavalos do motor atingia de 0 a 100 km/h em 19 segundos e tinha uma velocidade máxima de 157 km/h. Ele foi produzido no Brasil até o ano de 1972.