Vereador Giva quer Ministério Público investigando denúncia contra o Hospital São Camilo

giva MP

Na tarde de ontem (26), o vereador Givanildo Soares (PROS) protocolou uma ação no Ministério Publico para impedir o fechamento de leitos no Hospital São Camilo. Segundo o edil, que recebeu uma denúncia de dois profissionais que trabalham na instituição médica, 10 leitos de clínica médica e seis de maternidade que atendem o SUS então sendo fechados.

Ainda de acordo com as denúncias do vereador, o fechamento dos leitos é uma represália do São Camilo pela não renovação do convênio entre a Prefeitura e o São Camilo para manutenção do PAM (Pronto Atendimento Municipal) nas dependências do hospital. “O hospital está prejudicando a população que mais precisa”, disse Giva, que confia na palavra dos denunciantes, que pediram que suas identidades fossem preservadas. “São médicos no sentido estrito da palavra, que só querem o bem dos pacientes”, comentou.

Além desse problema de fechamento dos leitos, Giva declarou que o Hospital São Camilo tem negado atendimento de pacientes vindos do PAM. “O PAM encaminha os pacientes em estado de emergência para o pronto socorro do São Camilo, mas eles não aceitam dizendo que não se trata de emergência. Tem pessoas morrendo por conta disso”, apontou. Por conta disso, a administração municipal tem registrado diversos boletins de ocorrência contra o São Camilo por omissão de socorro, explicou o vereador ao JP.

Giva também questionou se o São Camilo e a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Itu, entidade mantenedora, têm respeitado os ideais dos primórdios do hospital, que foi fundado no século XIX recebendo pacientes pobres. O vereador também lembrou que a entidade possui um terreno de 7 mil m² bem em frente ao hospital, que poderia ser utilizado como fontes de recursos financeiros. Giva também convidará, na próxima sessão legislativa, a mesa diretora da Irmandade para esclarecer a situação.

Outro lado
O “Periscópio” entrou em contato com vice-provedor da Irmandade da Santa Casa, Renê Paschoal Liberatore, que informou haver um comodato com a entidade e a Sociedade Beneficente São Camilo, que administra o hospital desde 2009. Ele também declarou que a Irmandade não participa das decisões, como a de fechamento de leitos. A assessoria de imprensa do Hospital São Camilo também foi procurada pela reportagem, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.