Volta às aulas: confira dicas para retomada

Luciana Nunes Vaccari Avi é formada em Pedagogia, Mestre em Educação Especial, com especialização em Psicopedagogia e ABA (Análise Comportamental Aplicada) com mais 25 anos de atuação na área educacional (Foto: Regina Lonardi/Divulgação)

Na próxima segunda-feira (22) a maioria das escolas particulares dá início ao ano letivo de 2024. Já as escolas do ensino municipal e estadual começam no próximo dia 7 de fevereiro. Com a proximidade do retorno das aulas, uma série de adaptações na rotina de férias dos estudantes devem ser feitas, como acordar cedo, se acostumar ao dia a dia na escola.

Pensando nisso, convidamos a psicopedagoga Luciana Nunes Vaccari Avi para elencar alguns pontos que vão facilitar a retomada. Primeiro, regule os horários de sono (sim, essa é uma das prioridades). É bastante comum nas férias os pais serem mais flexíveis quanto aos horários de dormir e acordar. O primeiro passo nesse começo de volta às aulas é não abrir concessões quanto aos horários de sono. Lembrando sempre que o descanso é fundamental para o bom desempenho escolar.

Segundo ponto: organizem juntos os materiais escolares e o uniforme. Antes de dar autonomia para as crianças organizarem suas coisas sozinhas, procure começar participando ativamente dessa atividade. O contato com materiais escolares ajuda a entrar no clima de volta às aulas, desperta a curiosidade e é um estímulo para os estudantes.

Mas, se nesse início do ano seu filho mudou de escola, lembre-se: essa mudança pode ser dolorosa e é preciso que os pais deem uma “ajudinha” para facilitar a adaptação escolar. Para isso, seguem mais algumas dicas. Afinal, para muitos, esse processo acaba sendo mais doloroso para os pais do que para os próprios filhos.

1. Faça a mudança parecer gradual – Antes da mudança em si, já comece a conversar com seu filho sobre a nova escola. Façam juntos o futuro caminho até ela. Se a nova escola for em uma nova cidade, aprendam juntos sobre ela. Ao chegar na nova escola, proporcionar assuntos para que a criança tenha o que apresentar aos colegas sobre si mesma é interessante. Isso pode ser desde levar uma mudinha de uma planta comum em sua cidade anterior (em caso de mudança de cidade) ou mesmo algum souvenir do final de semana, como o ingresso usado de algum filme legal que vocês assistiram juntos.

2. Adapte-se também – Aquela insegurança dos primeiros dias da primeira escolinha pode voltar nesse momento. Depois da conquista da confiança da criança em ser deixada em um lugar que não é familiar a ela, uma escola nova parece desmontar tudo isso. O choro na entrada da nova escola pode acontecer e, com isso, a ansiedade ao longo do dia para saber se está tudo bem voltar. Pensar em pequenas distrações para quando isso acontecer pode ajudar bastante. Sempre que bater a ansiedade, que tal ouvir aquela música favorita? Ou até sair para tomar um ar. Outra coisa importante é conhecer e se envolver com a comunidade de pais e professores da nova escola. Conheça o ambiente, os responsáveis pelas crianças dentro da escola e fora dela.

Vale destacar também que, nessa retomada às aulas, a lista de material escolar é sempre uma dor de cabeça para os pais, que precisam fazer um malabarismo para equilibrar as contas de janeiro e conseguir comprar tudo o que as escolas pedem. A dica de ouro nesse quesito é reaproveitar, reciclar! Você já parou para ver, pensar e calcular quantas vezes já comprou determinados materiais parecidos? É possível olhar para essa lista de forma diferente e mais ecológica. Algumas coisas podem ser reutilizadas e outras doadas ou passadas para a frente, para quem também precisa.

Para aqueles itens que não podem ser reaproveitados ou que precisam ser comprados, antes de sair comprando em qualquer lugar, pesquise, pechinche ou monte um grupo de pais para comprarem juntos. Refletir a respeito da necessidade de comprar novos materiais é um movimento de, já na infância, estimular valores como: sustentabilidade e consumo consciente, contribuindo para a redução do descarte de materiais e diminuindo o impacto no meio ambiente.