Morre onça vítima de atropelamento em Salto

Onça tinha mais de 12 anos de idade, de acordo com biólogo do Núcleo da Floresta (Foto: Divulgação)

A onça-parda que foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros e a Guarda Civil na manhã de 21 de maio no bairro Madre Paulina, às margens da Rodovia SP-75, na cidade de Salto, faleceu no último domingo (29/05), no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres – Núcleo da Floresta, no município de São Roque.

 O animal, macho, que pesava 52 kg e possuía mais de 12 anos de idade (já idoso), apresentava hemorragia e fratura total do quadril, ferimentos provocados por atropelamento e diversos tiros de “chumbinho”. Os tiros foram encontrados na cabeça, no pescoço e em outras partes do corpo de animal.

A onça chegou a ser encaminhada ao Instituto Veterinário de Imagem, de São Roque, onde passou por exames de raio-X e ultrassom. Posteriormente, o animal foi conduzido a uma clínica veterinária na mesma cidade e posteriormente foi levado ao Núcleo da Floresta.

 O animal necessitou passar por uma cirurgia de emergência para amputar uma de suas patas e apresentava úlceras nos olhos, uma soma de sua idade e a alta concentração de chumbo no organismo. Ela também apresenta problemas na dentição.

 Ao Periscópio, o biólogo Rafael Mana, diretor do Núcleo da Floresta, comentou a respeito do falecimento do animal. “Não existia cinco centímetros do corpo dele que não tivesse cicatriz. Ele era um guerreiro”, disse.

 Segundo o biólogo, o animal tinha muitas complicações renais e hepáticas por causa dos chumbos que tinha no corpo. “Ele tinha cinco na cabeça, um perto do coração e um próximo do fígado. E isso já fazia tempo, então ele estava tendo problemas de intoxicação e com o atropelamento a situação se agravou”, explica.

Rafael acrescenta. “Quando a gente recebeu o animal, nos exames vimos que não tinha conteúdo nenhum nem no estômago e nem no intestino, então ele já estava há dias sem comer, estava anêmico, bastante fraco e provavelmente ele foi atropelado, pois estava procurando o que comer. Ele já estava debilitado, antes de ser atropelado”.

“Juntando todas essas complicações e a idade avançada, dificultou demais o tratamento, mas fizemos tudo o que era possível, juntamos 16 veterinários, biólogos, mas a gente não conseguiu. Foi uma grande perda. Isso acabou comigo”, desabafa Mana.

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