Mulheres de Itu se unem contra Bolsonaro

Em ano de eleições, os candidatos à Presidência da República mostram seus posicionamentos e projetos, como é o caso do candidato pelo PSL Jair Bolsonaro – internado desde o dia 6 de setembro após ser esfaqueado em Juiz de Fora/MG. Muitos são a favor do presidenciável, mas outros o repudiam por seus discursos. O presidenciável é o que tem maior rejeição do eleitorado feminino (49%), segundo pesquisa Datafolha do dia 10.

Foi desse público que surgiu o ato “Mulheres contra Bolsonaro”, que ocorrerá no dia 29 deste mês na capital paulista. Deste, foi iniciado o ato “Mulheres contra Bolsonaro em Itu”, que está previsto para ocorrer no dia 30 na Praça da Matriz, a partir das 16h. Organizado por ituanas, incluindo a candidata à deputada estadual pelo PSOL Monica Seixas, o evento já tem mais de 300 pessoas confirmadas e quase mil interessadas.

“Não sabemos quantas mulheres estarão no dia do ato, muitas não irão, inclusive porque o próprio marido não permite, mas o importante é que estaremos e continuaremos existindo e resistindo”, contou ao Periscópio Luiza Chamon Pardim, advogada de 25 anos e uma das organizadoras do ato. “Não podemos, de maneira nenhuma, deixar chegar ao poder alguém que vá na contramão de tudo o que estamos lutando”, afirmou, relatando que a intenção do ato é unir o máximo de mulheres possível.

A estudante de Direito Michelle Duarte Ferreira, de 25 anos, também faz parte da organização do ato e explica como ele se dará. “Sairemos em marcha por algumas ruas da cidade, com ações. Ao final, encerraremos com um sarau com microfone aberto às mulheres”, conta. “Por mais que ainda tenham pessoas o apoiando, continuaremos em luta e, principalmente, defendendo os direitos de mulheres, negros, indígenas, LGBTs, quilombolas e crianças”, destacou.

O evento no Facebook atraiu, além de pessoas interessadas em participar, eleitores do próprio Jair Bolsonaro, que se indignaram. “Curiosamente, quem tem oposição ao evento são, na maioria, homens, brancos e cis, que hoje estão encontrando em Bolsonaro a extensão de seus próprios preconceitos”, discorreu Michelle sobre comentários críticos recebidos ao ato criado esta semana – alguns foram apagados do evento. Michelle também frisou que “a partir das 15h já estaremos na Matriz com a produção de faixas e cartazes”. “Qualquer mulher que quiser participar será muito bem vinda”, encerrou. (Gabriela Prado)

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