No Dia do Diagramador, Periscópio destaca seus profissionais

Claudinei (à esquerda) e Roberto durante um dia de trabalho no Periscópio (Foto: Daniel Nápoli)

Neste domingo (28) comemora-se o Dia do Diagramador. A data é destinada às funções dos diagramadores e revisores de texto e imagem, profissionais que exercem atividades de design gráfico, sendo responsáveis pela distribuição harmoniosa de elementos gráficos dentro de uma página ou folha. O Periscópio traz agora um pouco da trajetória de Roberto Gonçalves da Silva e de Claudinei Clagnan, diagramadores deste jornal, há mais de duas décadas.

Roberto, que está no JP há quase 28 anos, acompanhou a evolução da diagramação do jornal. “A gente começou a informatizar em 1995, antes do parque gráfico em cor. Antigamente o jornal utilizava o pestape”, recorda. O pestape é a antiga montagem de arte-final, produzida em papel, colada sobre papel cartão e encaminhada para reprodução em fotolito, processo substituído pelas artes-finais digitais

“(Antigamente) Se digitava em máquina de escrever, passava para o pessoal da composer (composição), que dava os tamanhos de fonte. O anúncio você colava e usava nanquim para delimitar área. Era legal, a gente se divertia e cada anúncio você tinha um tamanho. Quando chegou a informática você deixou de ter a digitação, porque os repórteres já digitavam direto, passavam em disquete”, acrescenta.

O diagramador recorda ainda que, após a chegada dos computadores no jornal, em 1995, foi necessário um período de adaptação. “Tivemos que fazer curso tanto do CorelDRAW quanto do Page Maker – basicamente entre 15 e 30 dias e depois tiveram as atualizações”.

Sobre a profissão, Roberto refaz sua trajetória. “Quando comecei, para mim era sensacional. Hoje eu me divirto fazendo a manipulação de jornal, acho muito, muito legal. Para quem trabalhou no manual, trabalhar hoje no computador é show de bola. Acho fantástico e agora é especializar para a internet, que é outro campo que vai se abrir e que a gente precisa ficar atualizado. Com a nossa experiência vai ficar até mais fácil”, acrescenta.

Há 26 anos no JP, Claudinei  também participou um pouco da evolução. E, para ele, atuar no jornal é a realização de um sonho. “Na época tinha 15 anos, era o sonho para quem já trabalhava com computador trabalhar no Periscópio, porque era o lugar para se trabalhar, falando em Diagramação e Jornalismo. Fiquei muito feliz, foi bem legal”.

Com orgulho, Claudinei diz seguir atuando com a mesma empolgação do início. “Tudo é diferente, a diagramação de anúncio, de matéria, o tamanho é diferente, a foto, é tudo diferente e eu gosto pra caramba”. Apesar de haver um padrão de diagramação que todo veículo possui, para ele o interessante na profissão é que a mesma não é monótona. “A diagramação muda dentro disso, a gente pode criar infinitas possibilidades”.

“Tudo que tenho hoje eu devo à diagramação, eu devo ao Jornal Periscópio, único lugar que trabalhei registrado. Entrei moleque e hoje sou homem, pai de família. Tudo que ganhei é da diagramação, é do jornal, é da informática, eu devo tudo a isso”, conclui.