Polícia Civil investiga esquema na Secretaria Municipal de Obras

Operação tem o objetivo de apurar possíveis crimes cometidos por agentes públicos municipais e empresas imobiliárias. Ninguém foi preso

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Na manhã da última quinta-feira (15), a Polícia Civil de Itu iniciou uma operação para cumprir oito mandados judiciais de busca e apreensão, para investigar suspeitas de corrupção na Secretaria de Obras. A ação, realizada em conjunto com o Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) de Sorocaba, tem o objetivo de combater possíveis crimes cometidos por agentes públicos do município.

Logo cedo, a polícia cumpriu os mandados em residências localizadas nos condomínios Plaza Athénée, Campos de Santo Antônio e Portela, em uma imobiliária, em um escritório e na própria Secretaria de Obras, que fica no Paço Municipal. Nos locais foram apreendidos documentos, computadores e dinheiro. Os materiais foram levados para a Delegacia Central da Polícia Civil de Itu.

Cerca de cinquenta policiais de Itu e Sorocaba participaram da ação. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Dr. Nicolau Santarém, a operação, resultado de três meses de investigação, apura esquemas de corrupção e facilitação para liberar empreendimentos imobiliários na cidade, incluindo lavagem de dinheiro e pagamento de propina.

Sem prisões
A Polícia Civil solicitou ao judiciário que alguns investigados fossem conduzidos à delegacia para prestar depoimentos. A Justiça, no entanto, não acatou o pedido. Ao contrário do que foi especulado, ninguém foi preso na operação. Segundo o delegado, todo o material apreendido deve ser analisado pela perícia técnica por pelo menos uma semana para que sejam formalizados na investigação.

Mentiras nas redes sociais
Tão logo o dia amanheceu, a notícia da ação da Polícia Civil na cidade começou a ganhar repercussão nas redes sociais. Durante o dia, muitas pessoas, inclusive políticos, chegaram a postar textos citando nomes de algumas pessoas que teriam sido presas na operação. Porém, com o passar das horas, as informações oficiais foram sendo divulgadas e as postagens iam se caracterizando como grandes mentiras. Alguns chegaram a se retratar, dizendo que não haviam apurado o fato antes de fazer a publicação. Mais uma vez ficou provado o desserviço que as redes sociais trazem nessas horas.