Presidente da Câmara, Giva não descarta iniciar construção de novo prédio

Por André Roedel

Giva com a documentação da TV Câmara / Foto – Divulgação

Na manhã de segunda-feira (14), o vereador Givanildo Soares (PROS), presidente da Câmara Municipal de Itu eleito para o mandato deste ano, reuniu a imprensa ituana para falar sobre seus projetos à frente do Legislativo ituano. O tema principal certamente foi a intenção de se iniciar a construção do novo prédio da Câmara, que foi motivo de muitas discussões em legislaturas passadas.

Giva, porém, disse que não tem medo da repercussão. “Eu não tenho medo. Nunca tive e nunca vou ter”. Ele mostrou aos jornalistas as condições que hoje se encontra o atual prédio da Câmara, de propriedade da Secretaria Estadual de Agricultura, reafirmando a necessidade de uma nova estrutura para prosseguir com o funcionamento. “Não tem mais como trabalhar”, afirma.

“Eu vou ver a possibilidade de começar a fazer a nova Câmara”, afirmou, elencando alguns investimentos que são necessários no atual prédio, que funciona como Câmara desde 1976, como a conclusão do projeto do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), pintura para adequação à “Lei das Fachadas”, descupinização total do local e uma revisão geral do sistema elétrico do prédio, que foi se deteriorando com o passar do tempo e hoje já não suporta a ligação de novos equipamentos. “Eu não quero ficar gastando em um prédio que não é nosso”.

Segundo Giva, seu departamento jurídico está analisando em que pé se encontra os projetos anteriores de construção do novo prédio. “Se der, eu vou começar a fazer”, afirma o parlamentar. Questionado se existe verba para isso, Giva foi categórico: “não tem”. O orçamento aprovado para a Câmara neste ano foi de R$ 13,6 milhões. Entretanto, desse montante, o presidente acredita que sobre cerca de R$ 3 milhões. E é com esse valor que ele pretende dar o pontapé inicial para a construção do prédio, que deve ser erguido em terreno localizado ao lado da Prefeitura de Itu, no bairro Itu Novo Centro.

Caixas amontoadas na sala de arquivo da Câmara. Funcionários reclamam da estrutura de trabalho no local / Foto – André Roedel

Arquivo abandonado
Giva levou a imprensa ao setor de arquivo da Câmara. Em uma sala pequena, os funcionários dividem espaço com centenas de caixas contendo todas as proposituras apresentadas da década de 1980 pra cá – o material anterior, segundo relato dos servidores, se perdeu em sua maioria. O espaço já não comporta novas caixas, que começam a se amontar pelo chão. Por isso, enquanto uma nova Câmara não sai do papel, Giva pretende alugar um prédio para servir de anexo, enfatizando que os servidores levaram até ele diversas demandas de melhorias.

A intenção é locar o mesmo imóvel localizado em frente ao atual Legislativo, que já abrigou o ILI (Instituto do Legislativo Ituano) no passado e virou alvo de impasse judicial por erros de licitação em gestões passadas. O presidente, porém, aguarda a normalização dessa pendência legal para avançar nessa questão. O prédio em questão voltaria a abrigar o ILI, inclusive.

TV Câmara
Em pauta desde o ano passado, na gestão de Mané da Saúde (PRB), a TV Câmara irá mesmo sair. Iniciado na presidência de Giva em 2012, o projeto deverá iniciar nos próximos meses e contempla a transmissão em canal aberto de TV digital das sessões legislativas (ordinárias e extraordinárias) e outros programas jornalísticos de utilidade pública.

O start da TV se deu quando Giva era presidente em 2012 e assinou um convênio de adesão com o Ministério das Comunicações e a Câmara Federal. Porém, como não havia orçamento necessário na época, o projeto ficou na gaveta. Além disso, existiam, segundo Giva, vereadores contrários a se dar publicidade dos atos do Legislativo.

“Todos os vereadores, inclusive da oposição, pediram para trazer a TV Câmara de volta. O Mané deixou dotação orçamentária para eu começar. E eu vou começar, porque é a conclusão de um projeto que eu iniciei lá atrás”, afirma Giva, mostrando exemplos como o da Câmara de Araçatuba. Para isso, será necessária a contratação de uma produtora que deverá iniciar a transmissão nas redes sociais em cerca de 60 dias.

A empresa contratada trará os profissionais e os equipamentos. As câmeras atuais que transmitem as sessões pelo YouTube, que são de vídeo monitoramento, seriam doadas à Prefeitura. A transmissão via antena, porém, demanda mais tempo: cerca de 90 dias no mínimo para montagem da torre.

Além disso, é preciso “afinar” a sintonia para toda a cidade, incluindo a região do Pirapitingui, geograficamente um problema. Enquanto isso não sai, as transmissões das sessões – que voltam dia 5 de fevereiro, a partir das 16h – seguem pelo site da Câmara de Itu, que será repaginado.