Confira entrevista com Capitão Dias, candidato a prefeito de Itu
O Periscópio realizou entrevistas com todos os candidatos a prefeito de Itu nas eleições 2020. As sabatinas serão publicadas semanalmente até o dia 7 de novembro. Confira abaixo a entrevista feita com o candidato Capitão Dias(DC), que tem como vice Dr. Marcelo Bolsonaro (DC).
Por que quer ser prefeito?
Nós temos uma causa. A causa é servir à população, e dar dignidade e respeito para toda a essa população. O que é dar respeito? É melhor tudo que está aí, que está ruim, para que ela tenha o devido atendimento da Prefeitura em saúde, educação e geração de emprego. E dignidade? Dar emprego. A pessoa sem emprego não tem dignidade nenhuma. É isso que nós queremos. A causa principal é mostrar que uma pessoa honesta e sem usar dinheiro público pode ser eleita. E, sendo um divisor de águas, trazer depois pessoas honestas para a política. Isso é um processo que demora bastante e nós vamos começar aqui em Itu.
Quais suas propostas para a educação?
A primeira coisa, nós vamos implantar a escola cívico-militar federal e a escola cívico-militar municipal. Por que isso? Nós temos que dar o respeito para o professor. No meu tempo, quando o professor entrava em sala de aula, as crianças, os adolescentes se levantavam e uma vez por semana ia ao pátio cantar o hino nacional e o hino da cidade. Então nós temos que valorizar o professor, dar o devido respeito e dignidade para que ele possa ministrar a sua grade curricular, e para isso a escola cívico-militar é excelente. Nós vamos agregar a grade curricular cívico-militar com a grade curricular normal do município. E também vamos agilizar a escola em tempo integral desde que a Prefeitura tenha condições. E não maquiar uma escola integral sem ter estrutura. Conversei com vários professores e eles falaram que as escolas municipais estão sem estrutura nenhuma. Estão usando ainda quadro de pedra com o giz. E como fui professor muito tempo, isso dá câncer na garganta, na vista, nas narinas. Então nós temos que dar a infraestrutura necessária na escola onde o professor possa dar o feedback, possa dar o retorno para os alunos. Para você ter uma ideia, hoje, em cada sala de aula das escolas municipais, tem uma tomada. Se o professor querer passar um retroprojetor ou alguma coisa, ele tem que trazer extensão de casa e usar aquela régua para poder adequar na sala de aula. São várias coisas estruturais que não têm hoje que nós temos que dar essa estrutura para o professor, antes de mais nada.
O que pretende fazer para melhorar o atendimento na área da saúde?
A primeira coisa nós temos que implantar um software moderno que analise, que lá fique fixado toda a história médica da pessoa que é atendida. Com isso você começa a agilizar o atendimento em qualquer parte do município. Se a pessoa for na UBS, for numa UPA ou for no futuro pronto-socorro municipal, que nós vamos falar daqui a pouco sobre isso, vai estar a ficha dela. Hoje, o que acontece em Itu: a pessoa vai lá e não tem o histórico dela. Então o médico não sabe quais são as comorbidades que ela tem para poder dar o remédio certo. E aí começa a inventar remédios, para descobrir a cura para ver se vai servir ou não. Vamos também, na área da saúde, criar mais duas UPAs, porque várias UBS foram fechadas e, com isso, acumulou na UPA do Padre Bento toda a população de Itu, que não consegue ser atendida. Nós vamos fazer uma UPA na região do Parque Industrial, vamos abrir uma UPA na região do Pirapitingui, vamos abrir um centro de especialidades lá no Pirapitingui, que não tem, que a população de lá não tenha que se deslocar até Itu. Vamos fechar a farmácia central, que é aqui na Marginal, e reabrir as farmácias que tinham nas UBS, nas UPAs e nos centros de especialidades. Porque hoje a pessoa vai em um desses órgãos e depois tem que sair de lá para ir até a farmácia central para pegar o remédio. E, às vezes, a pessoa não tem nem dinheiro para ir na UBS, ir no UPA e no centro de especialidades, e depois também não tem dinheiro pra sair de lá e buscar o remédio lá embaixo. Então nós vamos voltar as farmácias no seu devido lugar para que a pessoa vá na UBS, seja medicada, tratada, feito exames e já pega o remédio lá.
Na questão da água, o que precisa ser feito para a cidade ter pleno abastecimento?
O problema de água da região é crônico. E nós andamos todo o município de Itu para ver onde que tem água. E Itu tem bastante água. Falta captação e reservação. Por exemplo: lá na estrada do Taperinha. Ali é a nascente do córrego Itaim, que abastece a estação de tratamento de água do Itaim. Ela nasce lá em cima, na estrada do Taperinha, e vem descendo por gravidade até a estação de tratamento. E ali ela encontra vários córregos, que junto com o córrego do Itaim abastece lá a estação de tratamento. E nós temos só dois lagos de reservação, que ficam dentro dos sítios, para abastecer isso. Então, numa estiagem muito grande, que todo ano pode ter estiagem (e cada vez mais grave, em todo o Brasil, não é só aqui), nós fomos lá com nosso técnico, nosso futuro presidente da CIS, e fizemos um trabalho de geologia no local. Nós temos que abrir oito lagos de reservação de água, aprofundar os que já existem e, antes de tudo isso, nós temos que plantar mata ciliar em torno de tudo isso que já existe para preservar as minas d’água. E, quando nós fizemos esses oito lagos, temos também que plantar mata ciliar para preservar as fontes, para que evapore muito menos a água. Com isso nós vamos minorar, vamos mitigar a falta de água em Itu. Vai resolver? O problema de água de Itu nunca será resolvido. E para isso nós temos, nesse espaço da estrada do Jacuhu e do Taperinha, nós temos passando lá no subsolo o aquífero Cristalino. Então nós vamos ter que perfurar vários poços artesianos a critério do pessoal que já mora lá, que vão nos indicar onde tem água. Hoje, lá um poço caipira ‘dá’ água com oito metros de profundidade. Água mineral, sem tratamento.
O que fará para gerar novos empregos, principalmente aqueles perdidos em decorrência da pandemia do novo coronavírus?
Eu não sei se você saber, mas a população de Itu não sabe, nós não temos com trazer empresas para Itu. Então o candidato que falar que vai trazer empresas aqui, só isso, ele está mentindo, está enganando a população. Então o que nós temos que fazer? Primeiro, mudar a lei do COMDEMA [Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente], a lei do meio ambiente. A nossa lei do meio ambiente hoje, ela proíbe qualquer tipo de grandes empresas de vir pra cá por conta da poluição, por ser uma estância turística. Então nós temos que ter a humildade de copiar a lei do meio ambiente de Indaiatuba, que é a mais perfeita do Brasil, e juntos, de forma sustentável, trazer empresas e preservar o meio ambiente. É assim que Indaiatuba faz, tanto é que hoje Indaiatuba é uma potência porque ela fez uma lei realmente adequada ao meio ambiente. E aqui em Itu, se não mudar essa lei, que é a lei do COMDEMA, alterar alguns artigos dessa lei, e isso eu já falei em várias lives nossas, não se traz empresa nenhuma. E o segundo item: nós não temos um distrito industrial. O que nós temos hoje está em litígio por erros de vários prefeitos anteriores. Fizeram uma bagunça, para não dizer outra coisa, e hoje está em litígio um milhão de metro quadrado que é essa zona industrial. Então nós temos que achar um outro distrito industrial para trazer as empresas. E nós vamos fazer esse distrito industrial na região de Porto Feliz, na estrada Marechal Rondon. Ali a terra é mais barata e tem muita água vindo da estrada do Taperinha, do Jacuhu. Então dá pra você trazer várias empresas. E o terceiro item, muito importante, é trazer call center. As únicas empresas que hoje vão me dar 7 mil empregos em três meses de governo é call center. Por quê? Call center não precisa de muita estrutura. Você pega um galpão enorme, coloca mesa lá, computador, telefone, contrata as pessoas, que normalmente são pessoas de primeiro emprego, são jovens, que não têm experiência, e já entra trabalhando. E cada empresa dessa tem de 3,5 mil a 4 mil empregos, como tem aqui a Fidelity [Almaviva] aqui em Itu.
Na área de segurança pública, quais são seus projetos?
Apesar de segurança pública não ser de responsabilidade do município, é do Estado de São Paulo, nós podemos ajudar. A primeira coisa que nós vamos fazer é o retreinamento da Guarda Civil Municipal. Fazer com que ela ajude a Polícia Militar a fazer o patrulhamento ostensivo. E, para isso, nós precisamos retreiná-los, fazer uma reciclagem como a gente chama no militarismo, para que essas pessoas de seis em seis meses aprendam, aprimorem e se adéquem ao policiamento ostensivo para que possam ajudar a Polícia Militar. Vamos implantar o patrulhamento rural. Quando eu fui comandante aqui da região nós implantamos, tanto na esfera estadual quanto na esfera municipal, em convênio com o município. E isso acabou, então a área rural está totalmente largada. Então nós vamos implantar o patrulhamento rural em todo o município e também a ronda escolar, que acabou aqui também nas escolas municipais. A Polícia Militar ainda continua com a ronda escolar nas escolas estaduais. E nós vamos voltar aqui também nas escolas municipais a ronda escolar. Vamos implantar mais câmeras lá no Pirapitingui, que não tem nenhuma. Esqueceram da gente do Pirapitingui. E vamos instalar na área rural, também. Nas entradas e das estradas rurais, onde acontecem as desovas de carros furtados ou roubados. Então, colocando nas entradas das estradas rurais, você fecha o circuito de fiscalização eletrônica.
O transporte público é uma área sensível aos moradores. Quais são suas propostas para o setor?
Essa é uma área complicada, porque a Prefeitura reclama da empresa de transporte, a população reclama da empresa de transporte, mas ninguém foi conversar na empresa de transporte. Eu fui. Nós fomos lá, levantamos todos os itinerários hoje existentes, levantamos todos os horários hoje dos ônibus. O que está faltando? Fiscalização, é subsídio da Prefeitura. Hoje, Salto dá subsídio para que a população pague a menor passagem. Indaiatuba dá subsídio, Sorocaba dá subsídio, a capital de São Paulo dá subsídio para que a passagem fique sempre adequada ao bolso das pessoas carentes. E Itu não dá. Hoje nós temos a passagem mais barata de toda a região. Hoje nós temos rodando, para você ter uma ideia, 70 a 80 ônibus diariamente antes da pandemia. Agora, depois da pandemia, está rodando 47 ônibus. Por quê? Porque a Prefeitura não está pagando a empresa de transporte. Se você não paga a empresa que está na cidade, o equilíbrio financeiro quebra-se. E nós temos que rever tudo isso, dar o subsídio e para isso a Prefeitura tem verba federal para isso. Recebe do Ministério do Transporte para que a passagem sempre fique adequada para a empresa, para a Prefeitura e, principalmente, para a população. Hoje a passagem está R$ 4,20, R$ 4,30 [na realidade, o preço da passagem atualmente é R$ 4,00], conforme como você compra ela, pelo cartão, dinheiro ou cartão de crédito, dá para você chegar a R$ 3,20 essa passagem, recebendo subsídio da Prefeitura. E é isso que nós vamos fazer. E fiscalização. Hoje o Departamento de Transportes tem seis funcionários. Não dá conta, não dá para fiscalizar Itu inteira. Então nós temos que colocar funcionários treinados para fiscalizar o transporte através de tabulação, cronômetro e cobrar da empresa os horários da empresa. Hoje os intervalos contam muito, porque estão rodando menos ônibus por culpa da Prefeitura, e não da empresa. A empresa é boa? Não é, mas nós podemos fiscalizar para que ela se torne boa.
Candidato, suas considerações finais.
Eu peço a toda população que nos conheçam, que entrem em nossa rede social. É só clicar lá “Capitão Dias” e vai para a nossa página, o nosso perfil, e lá estão todas as nossas propostas. Nós não temos promessas de campanha, mas temos propostas que devem ser feitas. Essas propostas nasceram da população. Foi tudo sugestão da população, ao visitar a população e também no dia a dia das ruas, e também na internet pelas redes sociais. Então não são propostas minhas, são propostas da população, que é isso que precisa em Itu. Nós vamos atuar muito na saúde e na geração de empregos, e no restante nós vamos tocar conforme estiver o caixa da Prefeitura. Ninguém sai para fazer compra sem antes olhar a carteira, senão gasta o cartão de crédito. Então tudo que nós estamos falando aqui são propostas que devem ser feitas e nós vamos verificar se na época que assumirmos a Prefeitura dá para ser feito. Mas alguma coisa tem que ser feita, senão Itu vai falir. Já está falindo, vai falir mais ainda. Nós não estamos usando fundo eleitoral, não estamos usando fundo partidário, estamos trabalhando com o nosso dinheiro. Porque os fundos eleitorais são dinheiro nosso, dinheiro público que os candidatos estão usando para fazer sua campanha particular. Isso é vergonhoso, isso é falta de ética, é falta de caráter e nós não fazemos isso. Então eu peço o seu voto, Capitão Dias com Marcelo Bolsonaro como vice-prefeito, número 27, para que nos ajudem e venham conosco nessa luta. Vamos ser o divisor de águas nessas eleições para que as pessoas honestas comecem a vir fazer parte da vida pública, comecem a disputar cargo de prefeito, de vereador, deputados federais, estaduais, senador, governador, porque só assim a gente vai melhorar o Brasil.