Gente da Gente: Braz Júnior

Foto: Arquivo pessoal

Nesta semana, a coluna Gente da Gente traz um pouco da trajetória do artista plástico Braz Júnior. Filho do já falecido tenor e ator Braz de Lima e da cantora e professora Zélia Cogini Oliveira, ele vem de uma família que respira arte. “Eu tive o privilégio de nascer numa família onde todos os meus irmãos seguiram as influências e as referências do meu pai e da minha mãe”, relata.

“Meu pai sempre cantou no coral [Vozes de Itu], foi sócio-fundador. Meu pai tocava violão, piano, estudou na Escola Panamericana de Artes, foi ator, então os filhos seguiram essas linguagens. Minha irmã mais velha, a Zelinha, é atriz, além de diretora de escola. Eu estudei música, sou formado em artes plásticas, trabalho com educação há algum tempo. Meu irmão Wagner é músico e a minha irmã mais nova, a Yara, é empresária cultural, atriz, cantora, foi regente de coral durante um tempo”, comenta Júnior.

“As filhas das minhas irmãs são atrizes [Renata, Natália, Fernanda e Letícia] estão no palco há um tempão e meu sobrinho-neto [Mateus] também já estreou no palco, de geração para geração a família toda está nas artes”, orgulha-se o artista plástico. “Tive muita influência também da minha mãe. Sempre cantou acompanhando o meu pai e ela sempre foi professora. Seguimos essa carreira, sempre ensinamos a arte”, destaca Braz, que enaltece ainda o apoio. “Sempre cada um ajudando o outro. Sempre tive o apoio e com a minha esposa [Karina] idem e a minha filha [Isabela] idem. Sempre conto com o apoio deles e os apoio também. Família que respira arte. É bem importante isso”.

Braz Júnior, que desde a infância gostou de desenhar e é formado pela Faculdade de Belas Artes, em São Paulo, já ganhou diversos prêmios, com o desenho e a pintura sempre presentes em sua vida. “Mais para frente comecei a me dedicar à escultura e hoje também à gravura, da pesquisa de matrizes para gravura, com materiais alternativos para impressões em suportes não tradicionais”, explica.

Funcionário público há 25 anos, Braz trabalha na Prefeitura de Itu, tendo atuado por 13 anos na Escola Municipal de Iniciação Artística e também na EJA (Educação de Jovens e Adultos). O artista plástico, nos últimos anos, ainda atuou como coordenador da área de artes da Secretaria Municipal da Educação e nos últimos três anos atua como coordenador pedagógico do projeto CEL (Centro de Experimentação e Linguagens), no Jardim Vitória.

Questionado sobre o que a arte representa em sua vida, o artista plástico é categórico. “É  minha vida. Eu costumo dizer que se eu não trabalhasse com isso eu faria até de graça, porque isso é uma necessidade minha de estar me expressando, procurando desafios, ter soluções diferentes para determinados problemas plásticos, dos desafios da pintura, da escultura, arte digital”.

Sobre o futuro, Braz espera continuar respirando arte. “Quem sabe com a aposentadoria, uma vida mais tranquila, eu possa me dedicar ainda mais à arte no que diz respeito à produção, a sentar no cavalete todo santo dia e poder pintar, porque hoje, com o trabalho, nem sempre permite isso.”

O artista plástico conclui, deixando uma mensagem. “Eu penso que quando você tem a possibilidade, a sorte de trabalhar ou fazer algo porque você gosta de fazer, que bom que é poder trabalhar com aquilo que você tem uma grande paixão. Você não tem um trabalho, está fazendo aquilo que você mais gosta de fazer e recebe a recompensa pelo prazer de estar fazendo, consequentemente você vai ter um resultado muito interessante sobre aquilo e ainda recebe um dinheiro para fazer aquilo. Que bacana!”.