Faltam medicamentos infantis na cidade de Itu
A falta de medicamentos nas redes pública e privada de saúde de todo o país tem sido recorrente desde o início do ano. Em Itu, na última semana, medicamentos infantis são os que mais tem faltado nas prateleiras, segundo a Prefeitura e farmácias da cidade.
A Secretaria Municipal de Saúde de Itu, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que a Prefeitura enfrenta desabastecimento de quatro medicamentos infantis. Segunda a assessoria, os médicos da rede municipal de Saúde, quando necessário, prescrevem medicamentos infantis similares, disponíveis no estoque da Secretaria da Saúde, aos em desabastecimento, evitando que os pacientes fiquem sem medicação.
A maioria dos itens em desabastecimento já foram adquiridos pela Prefeitura, mas não houve a entrega porque os fornecedores estão sem matéria-prima para produção nas indústrias farmacêuticas.
De cinco farmácias pesquisadas pela equipe do Jornalismo CEUNSP, em quatro também há falta de medicamentos infantis, principalmente xaropes para a tosse. As farmácias pesquisadas também apontaram a falta de amoxicilina, analgésicos, anti-histamínicos, mucolíticos, azitromicina e antibióticos em geral. Foram procuradas farmácias do Centro, bairro São Luiz e bairro Liberdade.
Entidades do setor afirmam que o desabastecimento tem ocorrido devido à dificuldade em obter matéria-prima em razão do fechamento dos portos da China, por conta do avanço da Covid-19 e da guerra na Ucrânia, que já dura mais de 100 dias. Atualmente, o Brasil é responsável por apenas por 5% da matéria-prima para a fabricação dos medicamento.
A Confederação Nacional de Municípios divulgou, no último dia 15, que oito a cada dez municípios está com desabastecimento de medicamentos. O levantamento foi feito com 2.469 prefeituras. Procurado, o Conselho Regional de Farmácias do Estado de São Paulo alegou que não tem informações específicas para comentar a situação vivida por Itu. Mas, sondagem feita pelo Conselho e divulgada pela grande imprensa mostrou que 95,52% dos farmacêuticos relataram falta de algum produto.
Edição: Gabriela Araújo | Texto e Reportagens: Agenor Neto e Gabriel Piccinin