Itu notifica caso suspeito da nova varíola
No último dia 19 de agosto, a Secretaria Municipal de Saúde de Itu confirmou o primeiro caso da nova varíola (monkeypox) na cidade. O paciente é uma pessoa do sexo masculino, de 21 anos, que de acordo com a Prefeitura está em isolamento doméstico e apresenta quadro leve da doença.
Questionada pela reportagem do Periscópio a respeito da situação da doença na cidade, a administração municipal informou que, além do caso confirmado, há um outro suspeito, ainda sob investigação. “Não há novos casos confirmados até o momento”, encerrou nota.
A nova varíola é uma doença causada pelo vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. O nome deriva da espécie em que a doença foi inicialmente descrita em 1958. Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus.
Apesar do nome, os primatas não humanos não são reservatórios do vírus da varíola. Embora o reservatório seja desconhecido, os principais candidatos são pequenos roedores (esquilos, por exemplo) nas florestas tropicais da África, principalmente na África Ocidental e Central.
Na última sexta-feira (26), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a liberação para uso da vacina Jynneos/Imvanex contra a nova varíola e do medicamento tecovirimat para o tratamento da doença no Brasil. Para conceder as aprovações, a agência analisou dados da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Agência Americana (FDA).
A OMS informou na quinta-feira (25) que o número de casos vem caindo após uma tendência de alta que durou um mês. No Brasil, o número de casos confirmados até a noite de quarta-feira (24) era de 4.144, enquanto o número de casos suspeitos era de 4.653, segundo dados do Ministério da Saúde. O país registrou um óbito relacionado à doença.
Medidas
A Prefeitura de São Paulo determinou, na quarta-feira (24), as medidas sanitárias para prevenção e controle da varíola dos macacos. Entre as recomendações para a população está o uso de máscara de proteção facial cobrindo boca e nariz.
“A recomendação é que as medidas já adotadas durante a pandemia de Covid-19, como higienização frequente de superfícies, disponibilização de recipientes abastecidos com álcool em gel 70% ou de pias com água e sabão para lavagem das mãos, sejam reforçadas”, informou a Prefeitura, em nota.
De acordo com o Ministério da Saúde as recomendações para a população se previna através das medidas a seguir: evitar contato íntimo, como beijar, abraçar ou manter relações sexuais com pessoas que tenham erupções cutâneas e ou que tenha tido diagnóstico confirmado para a nova varíola; usar máscara (cobrindo boca e nariz) para proteção contra gotículas e saliva; não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, brinquedos e objetos de uso pessoal; higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel.
Os sinais e sintomas, em geral, incluem: erupção cutânea ou lesões de pele; adenomegalia/linfonodos inchados (ínguas);febre; dores no corpo; calafrio e fraqueza.