Empresário tem novas denúncias apuradas pelo MP

Uma das três mulheres que acusam Thiago Brennand Fernandes Vieira de tatuar as iniciais do nome dele (Foto: Reprodução/Divulgação/Arquivo pessoal) �

De acordo com informações divulgadas na última sexta-feira (16) pelo jornal  “Folha de S. Paulo” e confirmada pelo Portal G1 e pela TV Globo, o Ministério Público de São Paulo vai apurar mais dez novas de denúncias de mulheres que acusam de estupro o empresário Thiago Brennand Fernandes Vieira, de 42 anos, que ainda teria obrigado duas das vítimas a tatuar as iniciais dele, em seus corpos.

Os casos teriam ocorrido entre 2021 e este ano na cidade de Porto Feliz, em que o empresário tem residência. As denúncias foram encaminhadas à Promotoria na capital paulista e ao MP em Porto Feliz pelos advogados das mulheres. As vítimas deverão ser ouvidas nesta semana pelo Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAV) do MP na cidade de São Paulo.

Ainda segundo informações dos veículos acima citados, o advogado Marcio Janjacomo pediu à Promotoria para apurar, além dos estupros, as denúncias de cárcere privado, maus-tratos e lesão corporal contra as vítimas. De acordo com Janjacomo, algumas de suas clientes disseram ter sido obrigadas pelo empresário a tatuar as letras TFV.

Thiago já era réu na Justiça pelos crimes de lesão corporal e corrupção de menores por ter sido acusado pelo MP de, respectivamente, agredir uma modelo numa academia na capital paulista e incentivar o filho dele menor de idade a ofendê-la. O empresário foi expulso da academia. A reportagem motivou outras vítimas a denunciarem o empresário.

Após a repercussão do caso, o empresar viajou para os Emirados Árabes Unidos , no início deste mês, com a Justiça de São Paulo obrigando Thiago a retornar ao Brasil num prazo de dez dias,  que expira nesta sexta-feira (23).

A defesa do empresário contestou a decisão, que não foi aceita pelo poder judiciário. Seus advogados também negam as acusações de que seu cliente cometeu crimes contra as mulheres.

A Justiça ainda proibiu o empresário de frequentar academias e de se aproximar de testemunhas. Ele também foi obrigado a entregar o seu passaporte. Em caso de descumprimento das medidas cautelares impostas, poderá ser decretada a prisão preventiva de Thiago.

Apreensões

No último dia 9 de setembro,  a Polícia Civil de São Paulo realizou uma operação no Centro Equestre da Fazenda Boa Vista, na cidade de Porto Feliz, e apreendeu armas e acessórios de Thiago. A operação foi comandada pelo 15º DP de São Paulo e localizou uma mala fechada com cadeado, contendo 54 acessórios de armas de fogo aparentemente ilegais. Não foram localizadas armas e munições.

Uma perícia técnica definirá se os acessórios são de uso permitido ou restrito, conceitos elencados no Estatuto do Desarmamento. Há ainda um pedido de busca e apreensão na casa do empresário [que é colecionador, atirador desportivo e caçador] em São Paulo que ainda não foi analisado pela Justiça, de acordo com a Polícia Civil.

Além das mulheres, ao menos dois homens acusam o empresário de agressões. Um foi um enfermeiro de um hospital na cidade de São Paulo e outro um garçom de um hotel em Porto Feliz.