Sindicato dos Condutores tenta resolver impasse entre funcionários e viações
Empregados reclamaram que empresas do transporte público não estão pagando em dia e ameaçaram fazer nova greve
O Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Itu e Região tenta resolver um impasse entre os funcionários e as Viações Avante e Itu, que são responsáveis pelo transporte público municipal da cidade. Isso porque as empresas, de acordo com reclamações dos próprios empregados, não estão depositando o salário e o ticket nas datas corretas.
Segundo o vice-presidente do sindicato, Sergio Ribeiro de Carvalho, as empresas acertaram que, neste mês, o ticket será pago hoje (9) e o salário sairá na terça-feira (12). “A gente está brigando para que não tenha mais esses atrasos”, relata o sindicalista. Na manhã de ontem (8), um grupo de funcionários das viações entrou em contato com o JP, informando sobre os atrasos e que paralisaria o transporte público neste sábado caso o pagamento não fosse acertado.
O vice-presidente confirmou à reportagem do “Periscópio” que essa paralisação geral foi cogitada, mas que, com a promessa do pagamento por parte das empresas, os funcionários descartaram a ideia. “O usuário do transporte pode ficar tranquilo, pois não vai ter”, avisa o sindicalista, que explicou que o processo de pagamento é feito através de uma central que controla a parte financeira de todas as viações do Grupo Belarmino – que, ao todo, possuem cerca de 23 mil funcionários.
“O que está acontecendo: as prefeituras de outras cidades estão atrasando, aí o nosso pessoal acaba sendo prejudicado”, comenta Sergio, que também disse que não há problema em relação à Prefeitura de Itu. “Queremos que descentralize (o pagamento) ou que as cidades em que as prefeituras paguem em dia não sejam crucificadas”, explica o vice-presidente do sindicato.
Ele também disse que os funcionários tentam ao máximo evitar as paralisações. “A gente sabe que é complicado quando tem greve, então a gente tenta evitar o máximo possível, mas tem hora que não ter por onde resolver”, finaliza Sergio.