Reintegração de posse do “Pedra da Paz” está mantida para o dia 30 de novembro
Segundo informações obtidas pela reportagem do JP, operação será de “larga escala”, com mais de 200 policiais militares atuando
A reintegração de posse coercitiva da área do desativado cemitério “Pedra da Paz”, localizado às margens da rodovia Itu-Salto, tem segundo os proprietários do terreno, uma data definitiva para acontecer: 30 de novembro (uma sexta-feira). A informação foi obtida pelo Periscópio em ofício assinado pelo Juiz de Direito Dr. Cássio Henrique Dolce de Faria.
A data anterior para a reintegração era 19 de julho, porém o próprio juiz da 2ª Vara Cível do Fórum de Itu adiou diante de recusas da empresa proprietária do terreno – a BSC Empreendimentos Imobiliários Eireli – em assumir as despesas da operação. Ele então marcou, provisoriamente, o dia 30 de novembro para a nova empreitada, o que se confirmou.
De acordo com informações apuradas pela reportagem do JP com pessoas ligadas à empresa, cerca de 200 policiais militares participarão da reintegração, que deve contar com o bloqueio das rodovias do entorno – Rodovia da Convenção, Estrada Velha Itu-Salto e Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto. Ao jornal, a PM confirmou a operação, porém declarou que ainda não tem detalhes de como ela irá ocorrer.
A BSC irá arcar com os caminhões para a mudança das centenas de pessoas que ocupam a área desde 2013 e também com a demolição das edificações erguidas no espaço. O ofício para o cumprimento da sentença foi enviado na última quarta-feira (24) ao comando da Polícia Militar, poder público, proprietários do terreno e representante dos ocupantes.
Ocupantes fazem ato
Na noite de 18 de outubro, os ocupantes do terreno fizeram, a exemplo do que ocorreu no meio do ano, mais uma passeata pela cidade. A tentativa era falar com o prefeito Guilherme Gazzola (PTB), que participava do projeto “Prefeito no Bairro” no bairro Novo Itu. Os moradores travam uma batalha pela permanência na localidade.
A movimentação, que contou também com participantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra), deslocou-se até a Igreja de São Camilo, onde Gazzola e secretários reuniam-se com a população do bairro e arredores.
A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal acompanharam os manifestantes, que não entraram no local. Porém, a pedido do prefeito, uma comissão foi formada para levar as reivindicações. Gazzola conversou com os manifestantes e esclareceu as limitações da Prefeitura no atendimento das reivindicações, estando essas atreladas a programas assistenciais e habitacionais.