A festa argentina na cidade

Parte da família Sorrentino e amigos em meio às comemorações do tricampeonato mundial (Arquivo Pessoal)

No último domingo (18), a reportagem do JP esteve na residência da Família Sorrentino acompanhando a decisão da Copa do Mundo. Camisas, bandeiras e pinturas nos rostos, fizeram da residência um pedaço da Argentina em Itu.

Para Silvina Martinez Sorrentino e seu marido, Antonio Carlos Sorrentino [que é brasileiro, mas morou boa parte da vida em solo argentino] era a oportunidade de ver pela terceira vez em suas vidas a albiceleste campeã mundial. Já para os filhos do casal, era a chance de ver pela primeira vez seu país chegar ao topo do torneio.

      Foram muitos os sentimentos envolvidos. Da tensão até a bola rolar, passando pelo alívio ao ver a Argentina abrir 2×0 com Messi e Di Maria inspirados. No intervalo de jogo, a festa contagiante se fazia presente no lar dos Sorrentino. Veio o segundo tempo e com ele novamente a tensão. Com dois gols de Mpappé, a França mandou o jogo para a prorrogação e um tri argentino que parecia certo, foi colocado em risco. Será que o jejum de 36 anos sem título iria aumentar? E Messi? Não terá a sua sonhada Copa?

Na prorrogação novamente tensão e alívio. Messi voltou a balançar as redes, fazendo 3×2. Agora, sim, estava decidido? Não! Mbappé também tratou de fazer mais um gol, seu terceiro na decisão, empatando em 3×3 e levando a disputa do título para os pênaltis.

Após uma verdadeira aula de futebol de ambos os lados, a Argentina, como em um clássico e belo tango, superou a França em 4×2 nos pênaltis e conquistou o tricampeonato da Copa do Mundo. A euforia tomou conta da casa dos Sorrentino, que recebiam não só seus familiares para compartilhar a felicidade, mas também amigos argentinos e ituanos que, como eles bem gostam de frisar, “também são parte de sua grande família”.

A professora Silvina Martinez Sorrentino, de 62 anos, recorda os títulos de 1978 e 1986 e comenta a emoção do tricampeonato.“Se for falar dos Mundiais de 1978 e 1986, eram etapas diferentes eu era muito jovem nessa época. Ainda não havia me casado. Em 1978, foi a primeira que vi com TV em cores. Em 1986 eu vivi uma final de Mundial um pouco diferente. Embora tenha ficado feliz com o título, naquele mesmo dia meu pai havia sido internado com um problema de saúde, mas graças a Deus ele melhorou naquele mesmo dia, embora ele tenha visto o jogo do hospital”, recorda Silvina.

“Em 2022 foi particular, foi diferente. Mudamos em Itu há muitos anos [desde 2000] e agora meus filhos, que têm como ídolo Messi e acompanham sua carreira há muitos anos, puderam vê-lo triunfar, ver a Argentina triunfar. Era um sonho que eles tinham. Foi algo espetacular”, vibra ela, que também é avó de três netos..

“Passamos muitas angústias, mas gritamos a cada gol, vibramos a conquista. O grito saía da alma. Choramos todos. Foi muito lindo, emocionante e gratificante”, destaca a argentina. “Recebemos também muitas mensagens de carinho de amigos aqui de Itu. Agradeço todo o carinho”, finaliza Silvina.