Anjos da Noite – Guerra de Sangue

Por André Roedel

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Será difícil escolher o melhor filme que vi em 2016. Porém, será bem fácil definir o pior: Anjos da Noite – Guerra de Sangue. Um dos longas-metragens mais sofríveis que já assisti na telona. Quinto de uma franquia de certo sucesso (se não tivesse, certamente não chegaria a esse número), o filme abusa de clichês e conta com atuações paupérrimas.

O longa começa recapitulando os anteriores – até porque a franquia tem tanta expressividade quanto o Cigano Igor. Então esse recurso se faz necessário. Porém, faz de uma forma extremamente confusa e só quem é fã (será que existe?) vai entender.

A confusão prossegue no roteiro cheio de trapalhadas e nos cortes secos e abruptos de uma cena para outra. Ao menos o filme é enxuto, tem apenas 1h31 de duração. Mas já é muito para uma produção recheada de efeitos especiais ridículos (as transformações dos Lycans são dignas de pena).

Anjos da Noite – Guerra de Sangue foca, como os demais, em Selene (interpretada pela canastrona Kate Beckinsale), chave para conter a crescente guerra entre seu clã de vampiros e os já citados Lycans, uma raça de lobisomens. É um lance meio Game of Thrones, porém com um jeitão de novela mexicana das ruins.

Repleto de diálogos vergonhosos, o filme ainda subaproveita bons atores, como é o caso de Charles Dance (o Tywin Lannister de Game of Thrones) e Lara Pulver (da série Sherlock, que também está bem canastrona no filme). Aliás, o filme todo é de uma canastrice só. Só vale o ingresso se você for muito fã da saga (mais uma vez: existe?) ou se você gosta de passar vergonha alheia.

Nota: 4/10

Ficha técnica:
Direção: Anna Foerster
Produtora: Lakeshore Entertainment
Elenco: Kate Beckinsale, Theo James, Lara Pulver
Duração: 1h31
Censura: 14 anos
Gênero: Ação