Aprovado reenquadramento do Rio Jundiaí no trecho entre Indaiatuba e Salto
A Bacia do Rio Jundiaí é a primeira do país a ser despoluída, depois de 33 anos de estudos, projetos e investimentos. O rio, que já foi mais sujo que o Tietê, em 16 de dezembro de 2016 foi reconhecido pelos Comitês de Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) como próprio para o abastecimento nos 128 quilômetros desde a nascente, em Mairiporã, até a foz, no Tietê, em Salto. Os comitês aprovaram o reenquadramento, da categoria 4 para a 3, dos últimos 56 quilômetros, entre Indaiatuba e Salto, e parte da distância entre Várzea e Itupeva.
A decisão dos comitês ainda passará pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos. O trecho entre a foz do Ribeirão São José, em Itupeva, e a foz do Córrego do Barnabé, em Indaiatuba, já foi reconhecido como classe 3, o que permitiu que Indaiatuba passasse a captar água no manancial para aumentar a segurança hídrica da cidade. A construção de estações de tratamento de esgotos e a manutenção da rede na bacia foram fundamentais para melhorar a qualidade da água. Além disso, o rio tem desníveis que favorecem a autodepuração porque melhoram a oxigenação da água.
O reenquadramento vai permitir o controle ambiental mais nobre que não é possível com a classe 4, por falta de parâmetros. Com classe 3, parâmetros como oxigênio diluído (OD), demanda biológica de oxigênio (DBO) e nitrogênio passam a ser monitorados. Outros parâmetros, como fósforo e colimetria passarão a ser monitorados entre 2020 e 2035, quando a bacia entrará em outra fase, para a reclassificação em classe 2.
Atualmente o Rio Jundiaí tem trechos em diferentes categorias — são 47 quilômetros na classe 2, outros 25 quilômetros na classe 3 e 56 quilômetros na classe 4.