As mudanças climáticas e a importância da vacina

Dr. Edcarlos Cajuela é imunologista e alergista e atende em Salto e no hospital Unimed de Itu (Divulgação/Unimed)

Em um passado não muito distante, ensinava-se nos bancos escolares que havia quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. Isso, hoje, é uma teoria que não tem se registrado na prática. A ação do homem em detrimento da natureza vem fazendo com que o tempo não obedeça a qualquer rotina.

As mudanças climáticas podem ocorrer com o dia amanhecendo ensolarado, passando por uma tarde chuvosa e uma noite de frio intenso. Isso, naturalmente, castiga as pessoas, prejudicando sobremaneira a saúde e expondo-as a doenças.

A reportagem do Periscópio manteve contato com o Dr. Edcarlos Cajuela, 48 anos, imunologista e alergista, que confirma a atual situação, dizendo que “a constante mudança de temperatura e clima, comum nesta época do ano, provoca uma diminuição da imunidade de uma parcela grande da população. Com essa queda de imunidade, vírus oportunistas, que estão presentes no nosso dia a dia, conseguem invadir o organismo, podendo causar doenças”.

O médico entende que “para períodos como estes e mesmo para dias em que não há esta mudança climática brusca, devemos saber antecipar uma situação, para que possamos evitar a contração de doenças. Uma das formas seria manter uma boa alimentação e estar sempre preparado com um agasalho”.

Para ele, “outra maneira é manter nossas vacinas em dia, uma vez que estas nos proporcionam uma imunidade parcial ou mesmo total, sem necessitar contrair as doenças para produzir uma memória imunológica”.

Ainda sobre a questão das vacinas, Dr. Edcarlos afirma que “desta forma, se vacinando, caso a pessoa venha a contrair a doença, desenvolverá uma forma mais leve ou não desenvolverá a enfermidade. Não se vacinar para doenças que possuem imunizantes é deixar seu corpo à prova para as consequências e complicações que elas possam vir a causar”.

Ultimamente quando se fala em vacina, as pessoas logo a liga com o Covid-19, praticamente esquecendo-se de outras vacinas que são igualmente importantes para a população, como a vacina contra a gripe.