Brasil Kirin nega negociações com a Heineken e investirá na Devassa
Com prejuízo operacional de 7 bilhões de ienes (R$ 225,2 milhões) no primeiro semestre de 2016, a Brasil Kirin está discutindo o corte de custos e a venda de suas fábricas como parte dos esforços para otimizar a produção. Entretanto, a empresa nega especulações sobre a continuidade de sua atuação no país.
As informações, do Jornal Valor Econômico, destacam que, como parte das ações para melhorar a eficiência e a lucratividade em território brasileiro, a Kirin passou a concentrar as ações da marca Schin no Norte e no Nordeste, com o objetivo de recuperar as vendas nessas regiões.
Já nas regiões Sudeste e Sul, a companhia tem reforçado as vendas de marcas de valor agregado mais alto, como a Eisenbahn e Kirin Ichiban. Outra estratégia foi o reposicionamento da Devassa como marca premium.
A empresa destaca que apesar de ter registrado crescimento no volume de vendas no Brasil, o resultado em receita apresentou queda devido à apreciação do iene em relação ao real.
Corte de custos
De acordo com o Valor Econômico, a companhia projeta queda de 21,3% na receita de vendas no país neste ano, chegando a 112,9 bilhões de ienes. Para o lucro operacional, a previsão para foi mantida, com um prejuízo de 8,9 bilhões de ienes.
A publicação ainda cita que a empresa estaria negociando a venda de duas fábricas para a Heineken, como parte da estratégia para economizar até R$ 200 milhões ainda este ano.
O site Brazil Journal, do colunista e jornalista econômico Geraldo Samor, afirma que essa negociação já está na reta final. Entretanto, ao contrário do que foi noticiado por outros veículos, o site aponta que o acordo em curso não inclui apenas as fábricas da empresa, mas sim a compra de toda a operação da Brasil Kirin pela Heineken.
Questionada pelo “Periscópio”, a Brasil Kirin “nega toda e qualquer especulação sobre sua posição estratégica no país, bem como reforça seu foco de crescimento no Brasil, a exemplo do recente reposicionamento da marca Devassa, que representa valor significativo do investimento de marketing de R$ 400 milhões para este ano”.