Casos de dengue crescem 1.050% entre 2017 e 2019; cuidado aumenta no verão

Ovos do Aedes aegypti se abrem com mais facilidade durante o verão
Foto: Divulgação/Fiocruz

Chega o verão e, com a estação, a preocupação com as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Isso porque, além de ser a estação mais quente do ano, o verão também é a mais chuvosa e úmida. Isso influencia na proliferação dos mosquitos, já que os ovos se abrem com mais facilidade.

Em Itu, os casos de dengue aumentaram 1.050% entre 2017 e 2019, segundo dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde ao Periscópio. No primeiro ano foram 8 casos registrados (7 autóctones e 1 importado), 23 em 2018 (17 autóctones e 6 importados) e 92 em 2019 (83 autóctones e 9 importados).

A chikungunya, outra doença ocasionada pelo mosquito, teve dois casos em 2018 (1 autóctone e 1 importado). Já a zika não teve casos registrados no período mencionado. Felizmente, não houve registro de óbitos por dengue, chikungunya e zika na cidade de Itu nos três últimos anos.

O trabalho de combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti ocorre de forma contínua na cidade de Itu. Esse trabalho envolve os serviços de Controle de Vetores e o de Vigilância Epidemiológica, o laboratório municipal, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o Pronto Atendimento Municipal, a Unidade de Pronto Atendimento Municipal – UPA 24h, o Núcleo de Educação Permanente e Humanização – NEPH (que promove capacitação dos servidores municipais que atuam na área da saúde).

A Prefeitura conta ainda com o trabalho terceirizado da Eppo Ambiental, que realiza o controle químico quando necessário, e de serviços particulares de saúde, que têm participado de ações para aprimoramento no atendimento na cidade. Profissionais da saúde também promovem ações de orientação nas Unidades Básicas de Saúde, destacando as formas de prevenção e transmissão, sinais e sintomas dessas doenças, além de informações adicionais para gestantes.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos também realiza ações, acerca da coleta e destino de resíduos sólidos e de reciclagem são essenciais para controlar os níveis de infestação do Aedes aegypti, bem como a Operação Casa Limpa, que ocorreu no último semestre de 2019, que promoveu a limpeza do interior dos imóveis em todos os bairros da cidade.

O munícipe pode denunciar locais com criadouros do mosquito através dos canais de atendimento ao cidadão: E-Ouve, Fone 156 ou no Departamento de Controle de Vetores (pessoalmente ou via fone 4023-4334 ou 4013-1401).

Cuidados
A equipe da Secretaria Municipal de Saúde orienta a população a adotar medidas de prevenção e combate ao Aedes aegypti, sendo fundamental não acumular água parada a fim de evitar criadouros do referido mosquito.

Entre as medidas estão: manter caixas e tonéis de água tampados; limpar calhas para evitar acúmulo de água; colocar areia em pratinhos de vasos de plantas; guardar pneus em locais cobertos; manter garrafas de vidro e latas de boca para baixo; limpar as bandejas de geladeira e ar condicionado.

Também são recomendados o uso de repelentes (inclusive os especiais indicados para gestantes), mosqueteiros para proteção de bebês e pessoas acamadas, uso de calça e camisa de manga comprida em cores claras, e telas em portas e janelas.

Outra orientação, que pode ser classificada também como colaboração, é que a população autorize a equipe do Departamento de Controle de Vetores (devidamente identificada com crachá e uniformizada) a entrar nos imóveis para realizar o trabalho de visita casa a casa.