Casos de dengue na cidade de Itu passam de 790
Foi lançada no dia 04 de maio pelo Ministério da Saúde, a Campanha Nacional para o combate das arboviroses, com objetivo de conscientizar a população e reduzir os casos de dengue, chikungunya e zika vírus no país. Entre janeiro e abril de 2023 foram registrados no Brasil 899 mil casos de dengue, quase 87 mil de chikungunya e 6,2 mil de zika.
Desse total, mais de 201 mil casos de dengue foram constatados no Estado de São Paulo, contra 178 mil no mesmo período de 2022. Este ano, em Itu, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, de 1º de janeiro até a última terça-feira (23), foram registrados 794 casos de dengue, cinco de chikungunya e nenhum de zika vírus.
Toda a atenção da população, entretanto, é necessária, para que esses números não cresçam descontroladamente. A secretaria informa que o trabalho de combate às arboviroses em Itu ocorre de forma contínua e envolve diversos serviços, como o de Controle de Vetores, as Unidades Básicas de Saúde, Unidade de Pronto Atendimento – UPA 24 horas, Pronto Atendimento Municipal (PAM) e Vigilância Epidemiológica (Viep).
Em Itu, o trabalho das equipes de controle ocorre o ano inteiro, desde a tradicional visita casa a casa, nebulização de imóveis quando necessário e o mapeamento dos casos na cidade para traçar metas de controle.
A reportagem do Periscópio manteve contato com o advogado Guilherme de Almeida Roedel, 29 anos, que contraiu dengue recentemente, Ele disse que “tive dengue em meados de março. Percebi a doença em razão da febre alta e dor no corpo, que comecei a sentir de forma inesperada”.
Guilherme logo procurou o Pronto Socorro da Unimed, onde a doença foi diagnosticada. “A médica indicou repouso e muita hidratação, além do medicamento. Segui as orientações, me hidratei muito com água, sucos de beterraba, cenoura e inhame, sendo que os sintomas desapareceram em cerca de dois dias”, garantiu.
Para o jovem advogado, “o que me incomodou muito foi o sentimento de dor no corpo todo e a febre”. Na verdade, a solução do problema em apenas dois dias, conforme o relatado, foi um período bastante curto, pois outros pacientes acusam o problema por pelo menos uma semana.
A jornalista Sarah Vasconcelos Pavani, de 36 anos, contraiu dengue no final do mês de março e faz seu relato à reportam do JP. “Eu acordei com sintomas de resfriado. Tive calafrios, dor de cabeça e uma leve dor de garganta. Segui meu dia normalmente e à noite a febre chegou nos 39 graus. Tive três dias de febre e muito mal-estar.”
Sarah prossegue. “Tive dor no fundo dos olhos e um cansaço intenso. Pela correria do dia a dia e por acabar me deixando em último plano, fui ao plantão médico apenas no sexto dia de sintomas, quando já comecei a sentir falta de ar e os joelhos estavam super inchados, parecia que retinham líquido. Não conseguia ajoelhar e o médico disse que se fizesse o exame de sangue, com aquele período de sintomas, o resultado não seria preciso, ou seja, daria que tive a dengue, mas não precisaria quando.”
No oitavo dia, a jornalista comenta que seu corpo passou a apresentar manchas vermelhas “bem sutis nos braços e pernas. “Logo após fiz um check up médico e estou bem de saúde, mas foram dias bem difíceis”, desabafa.