Cinerama: A Sociedade da Neve

A história dos jogadores de rúgbi sobreviventes do desastre aéreo nos Andes em 1972 é digna de um grande filme como A Sociedade da Neve, produção conjunta entre EUA e Espanha inspirada em uma história real e baseada no livro homônimo de Pablo Vierci.

O filme acompanha o voo 571 da Força Aérea Uruguaia, fretado para levar a equipe do Old Christians ao Chile e que cai em uma geleira no coração dos Andes. Apenas 29 de seus 45 passageiros sobrevivem ao acidente. Presos em um dos ambientes mais inacessíveis e hostis no planeta, eles são obrigados a recorrer a medidas extremas para se manterem vivos.

Tudo é bem executado nessa produção da Netflix, do roteiro às atuações. Não há um momento em que o espectador não fique aflito e instigado pela trama, que ganha contornos ainda mais épicos no longa dirigido por J. A. Bayona.

A forma como os sobreviventes se unem com o propósito de se manterem vivos mesmo quando a esperança acaba é inspiradora. A parte técnica também é um primor, com uma fotografia de cair o queixo e edição de som de primeira categoria – a recriação do acidente, com o impacto do avião nos Andes, é incrível.

Ou seja, tem todos os atributos daqueles filmes que ficam eternizados. Com ambientação e caracterização perfeitas, este é daqueles filmes lançados em streaming que são dignos da telona de um cinema. Valeria muito a pena ver em toda a sua grandiosidade.

Nota: ★★★★