Cinerama: Águas Selvagens
Água dos Porcos, Drama/Policial, 2020
Direção: Roly Santos | Estreia dia 12 de maio nos cinemas
Nota: ★★★
Mais uma coprodução entre Brasil e Argentina a chegar em breve nos cinemas, “Águas Selvagens” acerta no tema e na ambientação, mas peca na condução da trama. Assim como “Como Matar a Besta”, que resenhei recentemente, essa produção se passa na fronteira entre os países.
Novamente as diferenças culturais são abordadas (o filme é falado em espanhol e português e conta com atores de várias nacionalidades), mas aqui os temas são mais pesados: pedofilia e tráfico de crianças. Nessa “terra de ninguém” que é a fronteira, um ex-policial (vivido por Roberto Birindelli) é chamado para uma investigação particular de um assassinato.
Em meio a isso, ele começa a se envolver com uma mulher misteriosa (interpretada por Mayana Neiva) e passa a ser alvo de poderosos locais. Apesar das boas atuações e escolhas do diretor Roly Santos, o filme perde muito por conta de um roteiro truncado e uma edição que deixa a desejar. Isso faz com que a trama fique confusa, dispersando a atenção do espectador.
Por tudo isso, “Água Selvagens” não chega a ser marcante, mas tem como grande feito apostar num noir com toques latino-americanos. E é bacana ver que, apesar dos pesares, a produção cinematográfica regional vai se mantendo – e com a ajuda dos “hermanos”.
Com roteiro de Óscar Tabernise, “Água Selvagens” é uma coprodução entre Brasil e Argentina. Do lado brasileiro, a produção é assinada por Rubens Gennaro e Virgínia Moraes, da Laz Audiovisual, empresa curitibana responsável por ‘Oriundi’ (2000), ‘Cafundó’ (2006) e ‘Anita e Garibaldi’ (2013). Na Argentina, a produção é assinada pela Cooperativa Romana Audiovisual, de Buenos Aires. A Imagem Filmes é a distribuidora responsável pelo lançamento do longa no Brasil.