Cinerama: O Pior Vizinho do Mundo

Tom Hanks até tenta ser ranzinza, mas segue adorável (Foto: Divulgação)

A Man Called Otto, Comédia Dramática, 2022 | Direção: Marc Forster | Duração: 2h06 | Classificação indicativa: 14 anos | Em cartaz nos cinemas

Em cartaz nos cinemas, “O Pior Vizinho do Mundo”, dirigido por Marc Forster, adapta um livro que já tinha sido levado para as telas em produção sueca que concorreu ao Oscar em 2017. Eu geralmente fico incomodado quando uma obra estrangeira de sucesso ganha versão estadunidense (como ocorreu com “Intocáveis”), mas é impossível ficar chateado quando essa versão tem Tom Hanks.

No filme, ele vive Otto Anderson, um viúvo rabugento que passa o dia controlando tudo e todos em sua vizinhança. As coisas começam a mudar quando ele conhece o casal de vizinhos novos, em especial a mexicana Marisol (Mariana Treviño), nascendo uma amizade que chacoalha a vida dele.

Hanks vai bem e entrega um personagem interessante que, mesmo ranzinza, é adorável. O filme se vende como uma comédia dramática, mas é o segundo elemento que mais se destaca. Há momentos de riso aqui e ali, mas o forte é o lado emocional. E são cenas realmente tocantes, que fazem até o coração mais duro se derreter. Prepare o lenço, porque eu mesmo chorei horrores.

Mesmo não tendo uma direção excepcional, “O Pior Vizinho do Mundo” conquista por conta de sua alta dose de emoção e as boas atuações presentes. Além disso, traz discussões importantes sobre envelhecimento saudável, depressão e até mesmo sobre o mercado imobiliário predatório que aflige o cidadão dos EUA e de todo o mundo. Vale a pena conferir.

Nota: ★★★★