Cinerama: Velozes e Furiosos 10

Jason Momoa como o caricato vilão Dante acaba funcionando (Foto: Reprodução)

Fast X, Ação, 2023 | Direção: Louis Leterrier | Classificação indicativa: 14 anos | Duração: 2h21 | Em cartaz no Cine Plaza

Após mais de 20 anos e 10 filmes produzidos, a franquia “Velozes e Furiosos” parece não ter hora pra acabar. Também pudera: as produções batem recordes de bilheteria a cada novo lançamento. Depois de desafiar as leis da física sistematicamente, agora em “Velozes 10” temos a quebra completa da ruptura com convenções básicas sobre o que é fazer cinema.

As atuações e falas dos personagens seguem pífias como antes, mas agora não há nem esforço em ter um roteiro coeso que faça jus à exibição nas telonas. O diretor Louis Leterrier apenas filmou uma série de sequências de ação, anabolizou com efeitos visuais computadorizados, meteu todas as participações especiais que o orçamento conseguiu, juntou tudo e entregou ao estúdio. Isso sem contar no ridículo elemento que é a estereotipação do Brasil nas cenas que ocorrem no Rio de Janeiro. A trama é apenas um fiapo que mal liga toda a história.

“Mas André, se é tão ruim assim por que não deu nota zero?” Porque eu respeito a audiência. É isso que o espectador médio quer, e foi atendido. E também porque existem uns momentos totalmente descolados da realidade que acabam divertindo, se você simplesmente ignorar tudo. E o vilão vivido por Jason Momoa, extremamente caricato, funciona e traz algum alívio cômico. Mas só. “Velozes e Furiosos 10” é o entretenimento raso que nossa sociedade merece, não o que precisa.

Nota: ★★