Cinerama: Venom: Tempo de Carnificina

Venom: Let There Be Carnage, Ação, 2021
Direção: Andy Serkis | Nota: 2,5/5 | Em cartaz no Cine Plaza

Quando um filme é bom, dificilmente a sequência supera em qualidade. Mas quando um filme é muito ruim e mesmo assim ganha uma continuação, é impossível piorar. Esse é o caso de “Venom”. O longa lançado em 2018 foi um terror, mas fez sucesso de bilheteria o suficiente para ter uma nova chance. E ela é ao menos mais honesta.

O diretor Andy Serkis abraça a cafonice e entrega uma trama simples (quase paupérrima), exagerando no humor e na autoironia. Em alguns momentos funciona, em outros chega a ser embaraçoso. Tom Hardy vai criando identificação com o personagem e, mesmo que seu Eddie Brock fique a todo momento desconfortável em tela, o ator se mostra à vontade com o papel.

Woody Harrelson na pele do vilão Carnificina está bem, mesmo com seu “exagero exagerado”. Li em algum lugar que “Venom” é o “Velozes & Furiosos” do universo de filmes baseados em quadrinhos. Não poderia haver definição melhor. Afinal, ambos são filmes rasos e que apostam no simplório – o que funcionam bem com as massas, que só querem um entretenimento rasteiro. Ou seja, tem tudo para ser um grande sucesso novamente.