Com obra de artista ituana, festival internacional é realizado na Paraíba
Teve início no dia 25 de maio, na cidade paraibana de Guarabira, a 5ª edição do Festival Internacional de Arte Naïf (FIAN 2023), que conta com a presença de 88 artistas que estarão expondo suas obras até o dia 30 de junho. Entre as obras está “Romance do pavão misterioso”, da artista ituana Márcia Nunes.
Desde o dia 15 de fevereiro, quando foi lançado o edital de inscrições para todo o Brasil e outros países, artistas da Arte Naïf tiveram um prazo de 45 dias para inscrições e apresentar propostas de trabalho dentro da temática deste ano: o universo do Pavão Misterioso, considerando que em 2023 está sendo comemorado o centenário da obra em cordel “Romance do Pavão Misterioso”, de autoria de José Camelo de Melo Rezende, poeta nascido no município de Guarabira.
Ao longo de 45 dias, inscreveram-se 180 artistas de 17 estados brasileiros, além de outros pertencentes a oito países. Apesar do grande número de inscritos, a Comissão de Seleção elegeu 68 participantes, pois entendeu que foram propostas identificadas com a temática estabelecida em edital, o Pavão Misterioso.
Essa comissão foi composta por nomes como Jaqueline Finkelstein, Beto Fernandes, Manoel Onofre, Valdeck de Garanhuns e Adriano Dias. Foram selecionados esses 68 e outros 20 artistas que foram como convidados, pois a exposição tem uma sala específica em xilogravura que homenageia o xilógrafo pernambucano J. Borges, um importante nome da xilogravura no Brasil.
Ao Periscópio, Márcia comentou a respeito da participação no FIAN. “Eu me senti muito honrada por ser selecionada e para minha surpresa fui premiada com menção honrosa. Ser premiada por uma curadoria tão importante como a deste festival me motiva a continuar sempre”.
Arte Naïf
Arte naïf é um termo usado para designar um tipo de arte popular e espontânea. A palavra naïf é uma palavra francesa que tem como significado algo que é “ingênuo ou inocente”. Possui características baseadas na simplificação dos elementos e costuma exibir grande quantidade de cores, valorizando a representação de temas cotidianos e manifestações culturais do povo.
Geralmente é produzida por artistas autodidatas, os seja, que não possuem conhecimento formal e técnico de arte, mas que exibem produções em que outros princípios são considerados, como a autenticidade.