Comércio ganha fôlego durante Páscoa
Para o ano de 2024, a Páscoa promete agitar o comércio no Brasil. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a expectativa é para um faturamento de aproximadamente R$ 3,44 bilhões, o que representa um crescimento de 4,5% comparado a 2023, já descontada a inflação.
A CNC inclui em seu levantamento, itens tradicionais da época como bacalhau, azeites, vinhos e chocolates. A Páscoa é a sexta data comemorativa mais importante comercialmente e 2024 poderá ser o quarto ano de alta nas vendas consecutivamente.
Supermercado – Fábio Cecon, gerente de Marketing e Comunicação da Rede de Supermercados Pague Menos, disse que “iniciamos nossa Páscoa 2024 em 14 de fevereiro e irá até 31 de março. A preparação da data começa com bastante antecedência. Durante esse período, temos itens com preços competitivos e produtos de qualidade. Os números mostram que a maior venda de chocolates está concentrada na próxima semana, a Semana Santa”.
Com relação aos produtos mais comercializados, ele afirmou que “são os ovos de Páscoa, chocolates, vinhos e peixes, com destaque para o bacalhau e azeites. Ele lembra ainda que clientes com o cartão do supermercado têm condições especiais de pagamento em até dez vezes sem juros, nas compras de ovos de Páscoa, azeites e peixes”.
Artesanal – Se nos supermercados a venda está boa, quem faz ovos de Páscoa artesanais também não tem como reclamar. Para Gustavo Capelli, 37 anos, que comanda a Pavê e pra Cumê, “está melhor que o ano passado, uma semana antes do nosso prazo limite para encomendas já fechamos agenda do dia 30 por exemplo, tivemos um crescimento acima do esperado”.
Com muitas pessoas enjoadas da mesmice dos ovos, Gustavo inovou. Além de fazer um produto artesanal, “nós lançamos ovo novo para este ano e apostamos também em lembrancinhas de Páscoa, que tem um valor mais atrativo e temas divertidos”. Com isso ele também pega um público de menor poder aquisitivo.
E se o assunto é poder aquisitivo, uma prática que vem se tornando normal a cada ano é de pessoas que deixam para comprar ovos após a Páscoa. Gustavo diz que “infelizmente tem esse mercado com os ovos quebrados e amassados com um valor mais ‘justo’ é triste ver que estamos num país com preços exorbitantes”.
Gustavo Capelli é publicitário por formação, mas migrou para o ramo de confeitaria e, com o sucesso que vem alcançando, hoje vive exclusivamente da produção e comercialização de seus doces.