Confira entrevista com Guilherme Gazzola, candidato a prefeito de Itu
O Periscópio realizou entrevistas com todos os candidatos a prefeito de Itu nas eleições 2020. As sabatinas serão publicadas semanalmente até o dia 7 de novembro. Confira abaixo a entrevista feita com o candidato Guilherme Gazzola (PL), que tem como vice Luciano do Secom (PL).
Por que quer ser prefeito?
Primeiro, eu tenho um amor extremo pela cidade de Itu. Um sonho que eu sempre acalentei e consegui alcançar aos 46 anos. É uma história nessa cidade e é uma vontade de colocar um projeto de mudança. Estabelecer uma nova política na cidade de Itu, indo contrário aos grupos que a vida inteira dominaram essa cidade e nós tivemos esse sucesso em 2016. Em 2017, a gente implanta um ousado plano de reformas estruturais, de gestão, acreditando que era necessário sanear as contas públicas e, principalmente, o maior desejo era tirar a pecha de corrupção que existia nos governos anteriores, que era inequívoca. E nós fizemos isso, e hoje saímos do governo no primeiro ciclo sem nenhum inquérito civil e devolvemos Itu a uma cidade respeitada. E todos esses investimentos nos credenciam. E também eu acho insuficiente os quatro anos para se fazer tudo aquilo que a gente iniciou. Eu gostaria de ser reeleito exatamente para continuar as obras que foram feitas como na água, na saúde, na educação, que foram muito importantes e precisam de um tempo maior para continuar. Neste momento, obstruir esse trabalho seria um retrocesso para a cidade de Itu.
Quais as suas propostas para a educação?
Educação é a área que a gente mais investe dentro da Prefeitura, é maior parcela do nosso orçamento. Nós fizemos a uniformização de todo o processo pedagógico, com capacitação dos professores. Criamos, o que é muito importante, que é uma escola de gestores. Investimos na primeira infância, que são as creches, e criamos o ensino integral na cidade de Itu. Já são mil alunos. No próximo governo, esperamos mais quatro creches e também mais duas mil vagas em período integral. Mais uma escola em período integral no Pirapitingui, uma na região do Parque Industrial e outra na região do Jardim Alberto Gomes. Essas já estão em andamento, então não é simplesmente uma promessa, e a única maneira de continuidade disso seria a continuidade do nosso governo, até porque todos os outros candidatos, nos seus programas de governo, já disseram que não vão dar continuidade à escola integral. Nós somos os únicos que temos essa responsabilidade. Então, investir muito nisso. E investir em educação é investir em qualidade, investir em futuro, e como a gente sempre gosta de terminar, investir em educação é plantar a semente do futuro.
O que pretende fazer para melhorar o atendimento na área da saúde?
A área da saúde sempre foi um problema para todas as gestões do Brasil todo. Mas eu tenho orgulho de ter melhorado bastante essa questão. Itu nunca teve um hospital público, hoje Itu tem dois hospitais: um que é o Hospital Municipal, que trabalha com dois centros cirúrgicos, oito leitos de UTI, vinte leitos clínicos, um centro de diagnóstico dos mais modernos, com tomografia, com ultrassom de primeira qualidade; e o Hospital de Campanha, que vai ficar. É um legado permanente. Esse hospital já vai funcionar uma ala a partir da semana que vem [semana passada] como hospital normal e ele vai caminhar para ter o seu pronto-atendimento também, o setor de emergência. Investimos na reforma das UBS, isso foi muito importante também, e no gerenciamento. Hoje uma consulta de um especialista na rede pública demora menos do que na rede privada. Mas tem muito o que investir ainda, em especial no acolhimento, no respeito ao paciente. Há vontade também de construir em Itu um serviço oncológico para que os pacientes não tenham que se deslocar às cidades. A saúde evoluiu bastante, hoje ela é mais ágil, mas ela tem ainda muito o que ser feito. Abrimos uma unidade de pronto-atendimento, colocar ortopedista 24 horas, fazer o novo PAM da Vila Martins, uma nova policlínica também na região do Pira. São projetos fundamentais, que nós vamos cumprir no segundo mandato.
Na questão da água, o que precisa ser feito para que a cidade tenha pleno abastecimento?
Primeiro o orgulho de ter sido a gestão, talvez a única, que fez investimentos na questão da água. A nossa gestão, em quatro anos, fez mais investimentos do que em 40 anos das gestões passadas, porque nunca ninguém quis “enterrar” essas obras. Nós construímos a CIS, nós não podemos esquecer que tinham entregado a água de Itu para um frigorífico. E esse frigorífico foi a maior tragédia que aconteceu na cidade de Itu, que foi o ano de 2014, resultado dessa desastrosa concessão. Recuperamos a água para Itu, fizemos investimentos que beiram R$ 40 milhões, mas ainda falta muito a fazer. A cidade de Itu hoje tem a sua segurança hídrica, mas ela não tem excesso para ser utilizado. Então, nós precisamos trabalhar agora em setorização, um investimento muito grande na ETA do Rancho Grande numa capacidade de filtragem maior. Um novo reservatório na região do Itaim, uma nova casa de bombas no São Miguel, que pega toda a região do Pirapitingui e, principalmente, investir agora num controle de perdas maior, num gerenciamento maior do circuito. É uma obra ainda não acabada, deixar sempre isso muito claro. E é óbvio: quando você tem excessos, a rede ainda tem seus gargalos. Mas, indiscutivelmente, este foi o único governo que não teve racionamento. E vou mais longe: cidades vizinhas, que eram colocadas como exemplo para Itu, como Indaiatuba, Salto e Sorocaba, já estão em racionamento. Então isso é a prova mais clara de que nós fizemos. E não foi pouco.
O que fará para gerar novos empregos, principalmente aqueles perdidos em decorrência da pandemia do novo coronavírus?
A pandemia foi um problema grave no mundo, e nós sofremos tanto quanto. Nós temos dois caminhos que nós já estamos seguindo, inclusive com resultados objetivos. Um dos caminhos, o principal é a atração de novas indústrias, que a gente tem um projeto chamado “Desenvolve Itu” que começa a dar os seus melhores resultados agora. E leva a crer que com um sucesso muito grande, inclusive por dois anúncios na última semana extremamente importantes: a Starrett, uma indústria mundial, resolveu expandir a sua capacidade industrial na cidade, um investimento de R$ 40 milhões e tantas outras vagas de emprego, e a Bravox está contratando mais de 200 funcionários. A capacidade do parque industrial da cidade de Itu tem aumentado. E muitos pedidos de informação. Essa é uma forma de você trazer emprego, mas a indústria hoje traz renda, no sentido pra cidade, mas não traz emprego como trazia antes. Uma outra forma é investimento em serviços, que é o grande carro-chefe para se trazer empregos. E em serviços, nada melhor do que você investir na infraestrutura da cidade, trazer empresas prestadoras de serviço em Itu e investir no turismo, porque turismo não é para turista. Turismo é para a cidade. Investindo em turismo você está investindo em restaurantes, hotéis, convenções. Fazer de Itu uma referência nesse sentido. E esses resultados já estão aparecendo. Há dois meses nós já temos uma linha de subida do nosso Caged.
Na área de segurança pública, quais seus projetos?
Primeiro, a vaidade da cidade de estar entre as nove cidades mais seguras acima de 50 mil habitantes do Brasil. O que nós vamos fazer é continuar nessa linha. Fizemos a muralha eletrônica, vamos fazer uma integração agora maior com outras câmeras, câmeras mais centrais da cidade, com monitoramento inteligente. Aprofundar o GGI, que é o grupo de gestão integrada, que é um trabalho da Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Municipal e o Corpo de Bombeiros, e agora também a Promotoria. Então, é investir em inteligência. Vamos também colocar mais homens, nós devemos aumentar praticamente 40% do efetivo da Guarda Municipal no nosso próximo mandato e, junto com eles, novos armamentos, mais treinamento, uniforme, coletes a prova de bala. Sempre investimos. Investimos muito na questão de segurança pública e vamos investir ainda mais.
O transporte público é uma área sensível aos moradores. Quais suas propostas para o setor?
Transporte público é um problema da cidade de Itu. Uma concessão de mais de 20 anos, feita de forma equivocada, mas que está amparada juridicamente. Tentamos fazer a remoção dessa concessão de forma judicial, não conseguimos, mas endurecemos o jogo com a viação. De alguma maneira, você tem uma troca, ainda que parcial, da frota de ônibus. Não satisfaz ainda, mas mais da metade dela já foi trocada. Aplicamos infinitas multas na questão de horário, na questão de atendimento. Agora estamos enfrentando, sexta-feira [dia 2] resolvemos um problema com a zona rural. Fui o governo que menos deu reajuste de tarifa de toda a história também. Enquanto eles não entregarem tudo que a cidade precisa, não vai ter nenhum tipo de reajuste. E nenhum centavo de subsídio. Não sai um real da Prefeitura para subsidiar transporte coletivo. Em 2021 termina a concessão, até que enfim. Estando lá, e eu tenho muita fé que nós estaremos, aí sim nós vamos fazer uma concessão decente, uma concessão em que a cidade vai estar em primeiro lugar.
Candidato, as suas considerações finais.
Primeiro pedir a oportunidade de poder continuar esse projeto. Acho que é um projeto que deu certo, é um projeto que caminha bem e um projeto que trouxe uma das maiores carências da cidade de Itu que era a transparência. A corrupção foi varrida da cidade de Itu. Da mesma maneira, é um projeto que vai evitar o retorno do que existiu de pior. Os últimos 12 anos foram os 12 anos mais trágicos da cidade de Itu, e que querem retornar. Então também me colocar à disposição a ser o contraponto a todos aqueles que destruíram a cidade econômica, moralmente e na questão de infraestrutura, e pensar no futuro. Virar essa página da cidade de Itu, pensar no futuro, novas empresas, novos postos de trabalho, uma Itu mais limpa, uma Itu com mais saneamento, uma Itu com água na torneira. Nós estamos nesse caminho. Então o que eu peço é não só o voto, mas a oportunidade e a generosidade do povo ituano para que a gente possa continuar um projeto que vem dando certo.