Coordenador do Procon de Itu orienta consumidores para evitar “dor de cabeça”

A Black Friday deste ano promete ser o maior evento já registrado desde a comemoração da data no Brasil. De acordo com um estudo realizado pela Conversion, agência de Search Engine Optimization (SEO),  72% dos brasileiros devem fazer uso da internet para as compras. A pesquisa também indica que o crescimento na intenção de compra para este ano deve ser de 14,7%.

A Black Friday sempre causa muita expectativa nos consumidores, alguns guardam dinheiro para gastar exclusivamente nessa época, porém, o número de golpes vem crescendo consideravelmente, principalmente de forma online. Como proteger-se da melhor maneira e aproveitar, de forma segura, a aquisição do desejado produto por um bom preço?

A reportagem do Periscópio ouviu Caio Bernal, coordenador do Procon de Itu, que comentou sobre os cuidados que devem ser tomados para a hora das compras. “Compare sempre a qualidade e o preço do produto ou serviço que pretende comprar em até mais de uma loja ou site”, orienta.

Caio aconselha verificar se o gasto que pretende ser feito, principalmente se for através de parcelamento ou financiamento da compra, “não vai comprometer seu orçamento e prejudicar o pagamento das contas mensais e da subsistência”.

O coordenador do Procon de Itu destaca. “Nunca assine qualquer formulário, orçamento, pedido de compra, contrato ou outro documento, se tiver dúvidas sobre seu conteúdo”, diz ele. Além disso deve-se guardar “sempre cópia/print dos folhetos publicitários, do contrato e qualquer outro documento relativo à oferta” e exigir sempre “comprovante de pagamento e confira se ele está correto no ato da entrega do recibo”.

Seguindo com as orientações, Caio reforça. “Tomar cuidado com os links e boletos recebidos através das redes sociais, sendo possível consultar o CNPJ da empresa no site da receita federal ou junta comercial do estado. Verifique no site do Procon/SP a lista de sites que devem ser evitados”.

O coordenador acrescenta que o consumidor não considere apenas as promoções online, “visto que há variações nos preços”, além de “se atentar ao prazo de troca e se a política da loja permite que haja o procedimento, visto que por lei, somente compras realizadas fora do lugar físico – online, telefone, revistas – devem ser trocadas de forma obrigatória”.

Questionado sobre os cuidados com o cashbak (dinheiro de volta), Caio comenta que deve-se prestar atenção “nas regras de cada programa. Observe quais transações retornam dinheiro e sob quais condições. Às vezes é necessário usar um cupom para ter o benefício. Também há campanhas que só devolvem valor se a compra for feita com determinado cartão de crédito, por exemplo. Antes de se inscrever em um programa do tipo, descubra como o dinheiro acumulado pode ser gasto”.

Caio conclui dizendo que o Procon de Itu, na época do Black Friday, costuma ter um aumento de até 25% nas demandas, “indo de publicidade enganosa até produto entregue diferente do pedido”.