Coronavírus: Torcedor do Ituano está isolado na Argentina
Por Moura Nápoli
Uma campanha em redes sociais visa ajudar o ituano Bruno Aranha, 36 anos, que encontra-se em isolamento em uma cidade ao norte da Argentina, sem poder voltar ao Brasil.
Bruno estava em férias, em San Salvador de Jujuy, e no último domingo (15) foi informado que os transportes na Argentina seriam paralisados e as fronteiras do país fechadas, tudo em decorrência a pandemia do novo coronavírus. Na segunda-feira (16), o governo argentino incluiu em sua lista de países de risco o Brasil e o Chile.
Com isso, brasileiros e chilenos moradores ou turistas na argentina, foram obrigados a cumprir o período de quarentena de 14 dias, sob pena de prisão. Bruno está preocupado, pois além de ser obrigado a cumprir a quarentena, não tem onde ficar, uma vez que os hotéis não aceitam estrangeiros. Ele acabou sendo acolhido por uma família local, mas está em total isolamento.
O rapaz procurou manter contato com autoridades brasileiras, no Consulado, mas nada de efetivo foi conseguido. A situação chegou até a torcida Movimento Ferroviários 89, do Ituano, que está se mobilizando para que Bruno possa voltar ao Brasil.
Preocupante – A reportagem do Periscópio manteve contato com Bruno Aranha, via WhatsApp. Ele informou que “a situação segue bastante precária. Os hotéis não aceitam estrangeiros e conseguimos um alojamento. Somos cerca de 12 pessoas, todos estrangeiros, confinados em um alojamento, que o dono do estabelecimento acabou nos recebendo”.
Segundo Bruno, “o Consulado está com um cônsul aqui em Salta, entrou em contato comigo, mas não há nada de concreto até agora. Ele disse que tenho de cumprir quarentena até o próximo dia 31, para depois tentar seguir viagem com as passagens que já havia comprado. No entanto, saiu agora uma flexibilização do governo argentino, dos brasileiros que querem voltar, que precisam conseguir um laudo médico”.
O ituano informa ainda que “já consegui o laudo, enviei um e-mail para Emigraciones, mas não recebi resposta ainda. Estou em uma corrida contra o tempo. Outra questão é com as companhias aéreas, se vão especular os preços, mesmo nesta situação de calamidade. Teve um voo no primeiro dia em que fiquei preso aqui, que custava seis mil reais, mas nem esse voo acabou saindo porque o aeroporto foi fechado”.
Preocupado, Bruno enfatiza que “não sei o que vocês aí podem fazer por mim, mas pelo menos continuem divulgando na imprensa, não deixem a poeira abaixar. A primeira previsão aqui é que eu fique até o final do mês. Eu tenho familiares na província de Missiones, a mil quilômetros daqui. Se eu pudesse chegar lá estaria melhor, em mais segurança, mas por enquanto estou preso aqui em Salta”.
Finalizando, Bruno diz que “ontem [quinta-feira] me passaram o WhatsApp do prefeito Guilherme Gazzola, eu mandei uma mensagem mas não houve resposta ainda. Toda a ajuda será bem-vinda”.