Criança de Itu com deficiência visual passará por tratamento com células tronco na Tailândia

Melissa nasceu com Hipoplasia bilateral do nervo óptico (Foto: Arquivo pessoal)

A pequena Melissa Vitória de Oliveira Morais, de um ano e seis meses de idade e moradora do Jardim Europa, em Itu, apta a passar por um tratamento com células tronco, no Hospital Beike Biotechnology, da Tailândia, mas para isso precisa de ajuda da sociedade.

Ela nasceu com deficiência visual por causa de uma má formação no nervo óptico, a Hipoplasia bilateral do nervo óptico, que ocorre a partir do subdesenvolvimento do nervo óptico, que transporta a transmissão neuronal da retina do olho para o cérebro. É a principal causa da cegueira congênita e ocorre em aproximadamente 10 em cada 100.000 nascidos vivos.

“Nós, os pais dela, queremos muito fazer com que ela veja o mundo pela primeira vez. Não vemos a hora dela conhecer nosso rosto”, diz Bruna Cristina Morais Silva, mãe de Melissa.

Bruna explica ainda que a filha nasceu com hipertensão pulmonar e precisou ficar entubada por quatro dias, contraindo uma infecção na UTI. “Então, desde de o início ela é uma guerreira muito forte. O tempo foi passando e a gente foi percebendo que nós falávamos com ela, mostrávamos brinquedos e ela não seguia a gente com o olhar, não olhava o brinquedo e percebemos uma tremedeira involuntária nos dois olhos dela, que se chama nistagmo”.

Desde então, Bruna e seu marido Diógenes Henrique de Oliveira Andrade estiveram em contato com diversos médicos da rede pública e privada atrás de um tratamento que fizesse a filha do casal enxergar pela primeira vez. “Até que fizemos alguns exames específicos, potencial evocado, uma ressonância magnética e tomografia e foi constatado que o nervo óptico dela estava lesionado por causa da atrofia”, prossegue a mãe.

“Depois de vários exames, foi constatado que o tratamento com células tronco na Tailândia pode tratar a deficiência dela e fazê-la enxergar. Os médicos avaliaram a sua condição e viram que ela tem grandes chances de finalmente enxergar. Porém, o tratamento é muito caro e fora da nossa realidade”, afirma a mãe.

Foi então que a família teve a ideia de criar uma vaquinha para custear as passagens aéreas, estadia e tratamento na Tailândia. A meta é arrecadar R$ 180 mil. Até o fechamento desta matéria, havia sido arrecadado R$ 11.874,45.  Interessados em contribuir podem acessar o link: vakinha.com.br/vaquinha/ajude-a-melissa-enxergar.

Paralelamente, a família também está realizando uma rifa com o número saindo no valor de R$ 10,00. O 1º prémio é um óculos de sol feminino e o 2º prêmio um Pix no valor de R$ 350,00. Os números podem ser obtidos por meio do link: https://criarifa.com/yMVTgD. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (11) 95069-0023 (WhatsApp), com Bruna.

Sobre o tratamento

De acordo com Hospital Beike Biotechnology, o objetivo do tratamento com células-tronco para hipoplasia/septoplastia do nervo óptico é restaurar a função neurológica na área do cérebro e no nervo ótico. Vários tipos de melhorias são possíveis após o tratamento abrangente. 

De acordo com o hospital, os pacientes têm experimentado as seguintes melhorias: acuidade visual afiada, melhoria da percepção da luz, campo visual ampliado, visão noturna mais brilhante, redução do nistagmo, melhoria do estrabismo e das deficiências hormonais e diminuição dos sintomas autistas.