Dia do Comerciante é festejado neste sábado

José Luiz de Oliveira é o mais antigo comerciante do Centro de Itu (Foto: Moura Nápoli)

Neste sábado (16), comemora-se em todo o Brasil o Dia do Comerciante e o Periscópio manteve contato com o mais antigo comerciante em atividade na cidade e um dos mais prósperos, José Luiz de Oliveira.

Aos 76 anos e esbanjando vitalidade, ele lembra com saudades de amigos comerciantes das antigas, que já não estão entre nós, como Carlos Simeira, Agenor Bernardini, Duílio Santoro, Toninho Santoro e Isaac Schapiro, entre outros. “Foram homens que trabalharam muito e deixaram um legado. Dessa turma só eu sigo aqui. Depois vêm alguns veteranos, mas um pouco mais jovens, como o Leocádio e o Toninho Calçados”, relatou.

Para a família Oliveira, tudo começou em 1939, com uma loja com o saudoso José de Oliveira. José Luiz começou a trabalhar aos 12 anos e, assim, está há 64 na batalha. “Papai começou com um pequeno comércio de tecidos e armarinhos e depois o negócio foi crescendo, ramificando, virou as Lojas do Carmo – José de Oliveira. Papai faleceu em 1978 e demos continuidade”, lembra.

No início, quando Itu ainda era uma cidade muito pequena, o comerciante conhecia todos os fregueses pelo nome. Isso já não é possível nos dias de hoje. Segundo informações colhidas junto à Prefeitura, há hoje no município um total de 5.863 estabelecimentos comerciais em atividade. 

Com um comércio tão longevo, evidentemente as Lojas do Carmo, como de resto todos os outros, passaram por várias crises financeiras, inflação, trocas de moedas, confisco de poupança, pandemia. José Luiz explica como foi superar tudo isso.

“Já tivemos vários momentos difíceis, mas é preciso ter muita firmeza e sempre quando aparece uma situação nova, como foi o caso da pandemia, por exemplo, é preciso ter cautela e aumentar seu dinamismo. Nós nunca pensamos em parar”.

José Luiz de Oliveira é de um tempo em que o cliente entrava em sua loja e era chamado pelo nome. Hoje, com o crescimento populacional da cidade, isso já não é mais possível, porém, “a relação de amizade ainda existe. É lógico que diminuiu, mas hoje há netos dos velhos clientes que ainda seguem amigos, mas hoje nós somos obrigados a analisar os clientes mais pelos papéis e não pelas referências pessoais, como era antigamente”, declara.

No Dia do Comerciante, José Luiz de Oliveira deixa uma mensagem: “eu acredito que nós temos de nos unir e saber que uns precisam dos outros. Nós precisamos dos garis, dos engenheiros, dos médicos… e eles precisam de nós. Então eu acredito que o comerciante só prospera com muita perseverança e sempre procurando inovar no mercado”, finalizou.