Dirigentes do Amador protestaram no Novelli

Representantes de Grêmio Olímpikus e Juventus fizeram protesto silencioso (Moura Nápoli)

Às vésperas da grande final do Campeonato Amador da Divisão Especial, uma grande batalha foi travada nos bastidores, culminando com a não realização do jogo entre Grêmio Olímpikus e Juventus.

No jogo de ida, domingo (10), no Souza Lima, o Juventus venceu por 2×0 e saiu na frente. O jogo de volta estava previsto para o mesmo Souza Lima, no último domingo (17), mas uma liminar da Juíza de Direito Karla Peregrino Sotilo lacrou as dependências do estádio municipal por questões de segurança e proibiu e realização da partida.

Os clubes solicitaram junto à Liga Ituana de Futebol (LIF) que o jogo final acontecesse no Estádio Municipal Dr. Novelli Júnior, mas isso também não aconteceu. Sendo assim, o jogo foi adiado e ainda não tem data definida para sua realização.

Na manhã do domingo (17), representantes de Grêmio Olímpikus e Juventus reuniram-se defronte ao Novelli Júnior e realizaram um protesto silencioso. O Periscópio esteve presente e manteve contato com Gabriel Campregher e Marcos Zirondi, que falaram por Grêmio Olímpikus e Juventus, respectivamente.

Para Campregher, 36 anos e também empresário contábil, “nenhuma das duas equipes se opõem a disputar a final no Souza Lima. Porém, há uma decisão liminar, lacrando o Souza Lima, que assim, hoje, não está apto a nenhum tipo de disputa, estando lacrado. Neste caso, Itu tem um equipamento público, que é o Estádio Municipal Novelli Júnior, então a gente queria que, por meio da Seme, houvesse uma tratativa com o Ituano para que a final fosse no Novelli”.

O dirigente segue: “uma vez que o Souza Lima foi lacrado, a gente está aqui [no Novelli] para mostrar que Itu tem condições de realizar a final. Neste dia 17, o Novelli não está tendo nenhuma atividade e a final do Amador está sendo parada. Então está tendo um contra-senso muito grande. A gente só queria jogar”. Campregher relata ainda que o AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros diz que “o Souza Lima comporta 250 pessoas e não tem como fazer uma final de Amador para 250 pessoas”.

Pelo Juventus, Marcos Zoirondi, 49 anos, empresário, disse que “é uma situação diferente, atípica, prejudicou muito, ainda mais sabendo do cancelamento em cima da hora, na sexta-feira às seis horas da tarde, foi decepcionante. Fazer um trabalho mobilizando muita gente na cidade, sem ter lucro, só correria, é decepcionante”, lamentou.

Ele disse ainda que “esperamos que tanto a Seme quanto a Liga se posicionem, consigam um local adequado para a realização da final, pois não é justo chegar na hora ‘H’ e não ter um local”, disse o dirigente juventino.

Plano B – Tanto Zirondi quanto Campregher disseram que existe um ‘Plano B’, que seria a realização da final em outra cidade que não seja Itu. “Não gostaríamos de fazer isso, mas outras cidades já se interessaram em levar a final fora de Itu, mas isso não é a nossa vontade”, afirmou.

Campregher também disse que “o Campeonato Amador é de Itu, mas já há outras cidades se oferecendo para receber essa final. Não é o que a gente quer, a gente quer o diálogo. Ou que o Souza Lima seja liberado para mais de 250 pessoas, ou que a final ocorra no Novelli Júnior. Muito simples”.

Para o presidente da Liga Ituana de Futebol, Diego Corsi, antes do início do campeonato já havia sido passado para os clubes que as finais dos campeonatos Amador Especial, e outras divisões, não seriam realizadas no Novelli Júnior este ano.

A Liga tem uma parceria com a Prefeitura, por intermédio da Seme, que cede os campos do Souza Lima, Wilson Bellon, Titi, 1º de Maio, São Judas, etc. para as disputas. Esse ano, devido o Ituano estar disputando a Série B, já havia sido passado que nenhuma final seria realizada no Novelli.

Reunião – Na noite da segunda-feira (18) houve uma reunião entre os clubes e a Liga e ficou definido que a partida acontecerá dia 31 próximo, e ainda não está definido o local. Os clubes ficaram de fazer um ofício formalizando a solicitação do Novelli Júnior.

Segundo Campregher, “é sabido que há um acordo de cavalheiros entre a Prefeitura e o Ituano, para que o estádio não seja cedido para competições amadoras, então ele não chegou a ser solicitado. Agora os clubes farão o pedido”.