Em “blitz imobiliária”, Prefeitura embarga loteamento clandestino

 

Ação foi tomada após blitz imobiliária coordenada pela Secretaria de Obras, realizada na manhã do último sábado

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Na manhã do último sábado (7), a Prefeitura de Itu realizou uma blitz imobiliária que culminou com o embargo de um loteamento clandestino localizado na zona rural da cidade. A ação foi coordenada pela Secretaria de Obras e Serviços Viários, com apoio da diretoria de Habitação Popular, Secretaria de Meio Ambiente e da Guarda Civil Municipal.

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Segundo o secretário de Obras Eduardo Luiz Alves da Silva, o loteamento (com área de nove alqueires) não tinha registro e nem aprovação na Prefeitura. “O pessoal é inescrupuloso. Eles executam sabendo que estão executando errado, vendem sabendo que estão vendendo errado e quem compra, alguns, também sabe que está errado”, comentou o secretário, que ficou sabendo da irregularidade através de denúncias.

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O loteamento irregular fica localizado próximo ao condomínio Terras de Santa Maria, no bairro rural Apotribu de Cima. Já o ponto de venda dos lotes está situado no km 63 da Rodovia Castelo Branco, na divisa com São Roque. A venda era anunciada através de redes sociais e panfletos. O baixo preço dos lotes (oferecidos a partir de R$ 25 mil, com parcelamento facilitado) era um chamariz.

“O que nós pedimos para a população é não comprar. Se alguém deve parcelas, procure um advogado para ver se deve continuar pagando ou não. E denunciem. A Prefeitura está aí. Itu não merece esse tipo de gente brincando com a economia da população”, apontou Eduardo.

 

Blitz

A ação teve início às 10h. O secretário de Obras, acompanhado do diretor de Habitação Popular José Antônio Branco e de duas emissoras de TV, foi até o plantão de vendas simular uma consulta de preços. Logo em seguida, eles foram até o referido loteamento conhecer o terreno. Alguns minutos depois, já de volta ao ponto de vendas, a ação foi deflagrada, com a GCM cercando o local.
A reportagem do “Periscópio” acompanhou a blitz. O secretário de Obras autuou e embargou o loteamento clandestino, enquanto a GCM colhia os dados de todas as pessoas que se encontravam no ponto de vendas. Alguns argumentavam que eram apenas funcionários e não sabiam de nada, enquanto um rapaz (que aparentava ser o chefe) dizia que só falaria na presença de um advogado.

A blitz também foi acompanhada por um representante do CRECI (Conselho Regional dos Corretores Imobiliários), que não averiguou irregularidades com a única corretora que se encontrava no local. Porém, o secretário de Obras constatou outras irregularidades, como a ausência da planta do empreendimento e crimes mais graves.

“Primeiro a venda ilegal de lotes, o estelionato. Nós vamos apurar, mas pelo meu conhecimento tem crime ambiental. E também crime contra a economia popular”, apontou Eduardo, que anunciou o que deve ser feito agora. “A ideia, se a Justiça nos autorizar, é fazer barreiras na entrada do loteamento, colocar cartazes e tirar os piquetes de marcação”.

“Nesta semana iremos nos reunir com o Ministério Público e com a Polícia Ambiental para dar segmento às providências necessárias”, também informou o secretário. O prefeito Guilherme Gazzola se pronunciou sobre a blitz. “A Prefeitura vai ser implacável em relação aos empreendimentos irregulares. Essa ação deste sábado é só o começo”, declarou.

André Roedel

Um comentário em “Em “blitz imobiliária”, Prefeitura embarga loteamento clandestino

  • 04/12/2019 em 06:45
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    existe um loteamento, na estrada das tres vendas(ESTRADA MUNICIPAL 380 ALTURA DO NUMERO 2000, ANTIGO SITIO DO VOVO) , ja com muitas construçoes, nao sei se é ou não irregular, incluive faz divisa de muro com condominio VILA REAL, seria interessante saber da sua legalidade.

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