Enem 2018: coordenadores e professores dão dicas para quem vai prestar o exame

Exame que dá acesso ao ensino superior acontece em dois dias/ Foto: Divulgação

No próximo domingo (04/11) será aplicada a primeira parte da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2018, avaliação que permite o acesso ao ensino superior. Os portões dos locais do exame serão fechados às 13h, horário oficial de Brasília, e as provas começam às 13h30. A duração será de 5h30 no primeiro dia e, este ano, 5h no segundo dia (11/11).

De acordo com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), 6.774.891 participantes se inscreveram e 5.513.662 estão confirmados, 7,15% a menos do que no ano passado. O Periscópio entrou em contato com instituto para saber quantas pessoas devem fazer o exame em Itu, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.

Dos mais de 5,5 milhões que farão a prova, 51,1% são do sexo feminino e 40,9%, do masculino. Os participantes com 18 anos representam 17% do total; os de 19 anos, 15,9%; e os de 20 anos, 10,5%. Aqueles com idade entre 21 e 30 anos representam 33,8% do total.

A avaliação é composta por 180 questões, divididas entre as quatro competências exigidas (Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias) e também pela redação. No primeiro dia de prova serão aplicadas 45 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e 45 de Ciências Humanas, além da redação. No segundo dia serão 45 questões de Ciências da Natureza e 45 questões de Matemática.

Para fazer o exame, é necessário levar documento original com foto e caneta preta de tubo transparente. Além desses itens, o estudante pode levar água e alimentos leves como frutas e sanduíches (em potes transparentes) e alimentos industrializados lacrados.

Dicas

Ao JP, coordenadores e professores de colégios de Itu deram dicas para quem vai prestar o exame e palpitam sobre os possíveis temas que podem cair na redação. A coordenadora pedagógica do Colégio Integrado Monteiro Lobato, Ana Paula Neves, afirma que o momento deve ser de tranquilidade. “Neste momento, o estudante deve manter a calma. Se ele seguiu a rotina de estudos e se dedicou ao longo do ano, agora só resta se concentrar para fazer um bom exame”.

Outra dica é para o descanso e a organização quanto aos horários. “É sempre recomendável ter uma boa noite de sono na véspera da prova, além de alimentação leve. Também é importante se programar para chegar ao local da prova com antecedência, para evitar transtornos. O aluno deve confiar no próprio potencial para se sair bem no Enem e em todos os vestibulares”, diz.

A coordenadora pedagógica do Colégio Forte Castelo, Patrícia Ribeiro, fala sobre os temas que podem cair na redação. “Aumento de DST’s entre os jovens brasileiros, a obesidade no Brasil, a sobrevivência da cultura indígena, as epidemias de doenças já erradicadas e o envelhecimento da sociedade”.

Para Glenio Artur Bessa, coordenador pedagógico do Colégio Objetivo, e Flávia do Prado, professora de redação, os temas podem ser saúde mental (depressão entre jovens e adolescentes), desenvolvimento sustentável, sistema prisional, impactos das fake news e políticas públicas para a 3ª idade.

A coordenadora pedagógica do Colégio Progresso, Elisete de Camargo Leme do Prado, também aposta nas fake news, além dos temas relacionados à sustentabilidade e questões ligadas ao meio ambiente, envelhecimento populacional, Direitos Humanos relacionados às minorias sociais e os 20 anos de Enem.

O professor José Francisco de Campos Feital, do Colégio Anglo, também acredita que fake news seja uma opção de tema. “Pode cair também a reforma do ensino médio e a prevalência do transporte rodoviário de cargas num país continental como o Brasil”.

Para a prova de redação, a professora Maria Angélica Jacometti, do Colégio Divino Salvador, diz que “é muito importante ler a proposta com muita atenção: é comum que o candidato ‘tangencie’ o tema por não ter compreendido de fato o objetivo temático. Também são comuns os erros de interpretação de dados dos textos de apoio (seja por generalizações, seja por simplificações), e isso ocorre por conta da leitura distraída ou muito rápida”. (Beatriz Pires)