Estudantes comentam primeiro dia de prova do Enem 2023

Escola Estadual “Professor Pery Guarany Blackman” contou com tenda de atendimento ao aluno, na Praça Regente Feijó (Foto: Divulgação)

No último domingo (05), milhares de estudantes estiveram no Ceunsp (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio), em Itu, para a realização do primeiro de prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) 2023. A reportagem conversou com dois estudantes que comentaram sobre o desempenho.

Para Samuel Paulino, de 17 anos, aluno da Escola Estadual “Professor Anthenor Fruet”, a prova foi “extensa e cansativa, daquelas que normalmente a gente não vê no ensino regular, 90 questões, mais uma redação, te deixa exausto nas 45 primeiras perguntas, é necessário ter ‘nervos de aço’, realmente ter uma boa noite de sono, mas acima de tudo o que foi falado em cursinhos ou por meu próprio pai, que também teve a oportunidade de fazer a prova”.

A determinação foi fundamental para que Samuel desenvolvesse a prova. “Eu mentalizei meus planos, a cada questão que eu fazia, imaginava minha bolsa na faculdade, meu primeiro emprego na área, meu carro e minha casa, isso me deu o gás final”.

Sobre o tema da redação [“Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”], Paulino comenta. “Achei superinteressante, são questões delicadas que devem ser fortemente trabalhadas nessas redações, temas que vão fazer você sair dali pensando diferente, muita gente criticou, mas deixo meu elogio formal”.

Samuel lamenta que amigos acabaram perdendo a prova devido ao temporal que atingiu Itu na sexta-feira (03). “Alguns perderam devido ao atraso, outros por conta da chuva que atingiu a cidade, não tem como você se concentrar em prova alguma após perder o telhado da casa, saber que o carro dos pais foi destruído por uma árvore, ou simplesmente por não ter dinheiro para pegar o ônibus até o Centro para fazer a prova”, disse.

Estudante da Escola Estadual “Regente Feijó”, Beatriz Bernardo Mombelle, de 18 anos, também comentou. “A prova estava bem difícil e não era condizente com que estava aprendendo durante as aulas. As questões eram longas e maçantes”, diz.     

A reportagem do JP conversou também com a diretora da Escola Estadual “Professor Pery Guarany Blackman”, Ana Luísa Mack Brock, que informou nenhum aluno da instituição deixou de fazer o primeiro dia de prova do ENEM por conta do vendaval ou de qualquer outro problema.

A instituição contou ainda com uma tenda de atendimento ao aluno, na Praça Regente Feijó. O segundo dia de provas está marcado para ocorrer no mesmo local, no domingo (12). Os portões serão abertos às 12h e serão fechados às 13h. O início da prova acontecerá às 13h30 (horário de Brasília).