GCM afasta das ruas profissional suspeita de agredir jovem na cidade de Salto
Nesta semana, a corregedoria da Guarda Civil Municipal da cidade de Salto abriu um procedimento para apurar a ação de uma guarda contra uma jovem de 21 anos, ocorrida na noite do último domingo (26/11), em uma adega situada no Centro do município saltense. A ação foi registrada por uma câmera de segurança.
No vídeo, a profissional aparece batendo com cassetete na mão da jovem, derrubando um copo e o celular da jovem. Em seguida, a guarda manda a mulher recolher as coisas do chão. O registro também mostrou um GCM espirrando spray de pimenta no rosto de outros clientes. De acordo com a Prefeitura, a GCM foi afastada das ruas e realiza apenas serviços administrativos.
A reportagem do Periscópio não teve acesso ao boletim de ocorrência, registrado apenas na quarta-feira (29/11), na Delegacia Central de Salto, porém, ao portal G1, a jovem agredida disse que estava na adega com o marido e um amigo, e que os guardas se aproximaram já com o spray de pimenta. “Quando eles começaram, eu questionei o porquê de eles estarem fazendo aquilo, porque, se eles tivessem me abordado e quisessem me revistar, tudo bem. Mas o jeito que eles vieram, tratando a gente com aquela covardia, aí eu não concordo”, disse.
Ainda segundo a jovem, o rosto passou a arder por conta do spray de pimenta e ela teria dito aos guardas que a atitude dos dois “era um lixo”. Ela alega que foi a partir disso que a GCM passou a agredi-la. A mulher diz ainda que, enquanto era agredida, também era chamada de “vagabunda” pela GCM e que seu celular foi destruído durante toda a ação.
O proprietário da adega, também ao G1, disse que passou mal por conta do spray de pimenta e que chegou a desmaiar dentro do estabelecimento, porém procurou assistência médica e não registrou um boletim de ocorrência. Ainda segundo ele, na última terça-feira (28/11) seu estabelecimento foi interditado.
Em nota, a Prefeitura de Salto informou que a interdição já estava programada pelo Setor de Fiscalização e Posturas. “Considerando, inclusive, processo do Ministério Público por perturbação do sossego. Foram ocorrências sem qualquer correlação com o citado vídeo”, disse.