Itu tem 126.674 eleitores aptos a votar

Por Leticia Petrelli

Neste domingo (02), 126.674 eleitores de Itu poderão ir às urnas para escolher os representantes que ocuparão a presidência da República, o Governo do Estado, Senado, a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pelos próximos quatro anos. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), este número, comparado com de 2018, data da última eleição para os respectivos cargos, é 1,19% maior, o que representa 4.022 eleitores a mais.

Do total de eleitores aptos para votar, 52% são mulheres e 48% homens. A faixa etária que compreende entre 40 e 44 anos é a que tem o maior número de eleitores na cidade, mais de 13 mil pessoas. A maior surpresa, no entanto, é o crescimento de mais de 200% no número de jovens de 16 e 17 anos com título de eleitor e, consequentemente, autorizados a votar, em comparação a 2018.

Hoje, os jovens representam quase 1% dos eleitores ituanos, em 2018 representavam apenas 0,31% do total do eleitorado. As mulheres, nessa faixa etária, estão mais politizadas neste ano e ultrapassaram o número de homens com títulos, sendo a maioria. Com 16 anos, representam mais de 57% dos eleitores, com 17 anos, representam mais de 53%.

A estudante Letícia Fernandes Paschoalino, de 16 anos, acredita que este aumento no número de eleitores com 16 e17 anos é em razão da representatividade que eles desejam ter no Congresso. “Eu acho que é porque queremos ser escutados, queremos colocar alguém que faça alguma coisa melhor”, afirmou. Porém, a estudante diz discordar com a obrigatoriedade do voto, e ponderou: “Votar é uma decisão importante e muitas pessoas não sabem sobre política, não têm conhecimento sobre o assunto, fazendo com que muitas vezes essas pessoas prejudiquem o país”.

A faixa de eleitores acima dos 70 também não é obrigada a votar, porém ela corresponde por um expressivo número de eleitores na cidade, 10.964, ou seja, 8,66% do total. O aposentado Francisco Vieira Lins, de 70 anos, também conhecido como Teles, garantiu que este ano irá às urnas. “Acho importante escolher governantes, se fizer um bom governo eu tenho minha parcela, se for mal, também tenho”, pontuou.

Para Teles, o fato de a juventude estar mais interessada nas eleições tem a ver com a vontade de mudar. “Eles são o futuro do mundo, as redes sociais ajudaram muito nessa conscientização”, afirmou. Sobre a obrigatoriedade do voto, Teles afirmou ser contra. “Ridículo. Sou livre, eu decido o que devo fazer, ninguém deve ser obrigado a nada”.