Ituana que mora em Londres fala sobre a repercussão da morte da rainha
A morte da rainha Elizabeth II no último dia 08 de setembro, na Escócia, repercutiu não só no Reino Unido, mas em todo o mundo. Cidadãos de diversas partes do planeta publicaram mensagens de pesar com o falecimento da monarca com mais tempo com a coroa britânica. Também tiveram aqueles que recordaram as atrocidades do Império Britânico nas ex-colônias, principalmente as africanas.
Seja como for, a morte de Elizabeth impactou a população mundial. Em Londres, onde fica a residência oficial da coroa, o Palácio de Buckingham, houve grande comoção. A ituana Monica Candiani, 34 anos, que trabalha como assistente de professores em uma escola pública de ensino secundário na capital inglesa, comenta como foi a recepção da notícia.
“Quando soube da morte da rainha, na quinta-feira, pensei que não teríamos aula na sexta. Mas houve aula normal. Fizemos 1 minuto de silêncio, apenas”, conta ela. A comoção discreta tem uma explicação. “Há muitos africanos na escola em que trabalho que não nutrem admiração pela rainha como os ingleses, devido sua influência sobre as ex-colônias”, explica a ituana.
Monica conta que o Palácio de Buckingham está lotado de flores, velas e cartas. “Mas eu não vejo a galera mais jovem apoiando tanto a família real. Percebo que eles são mais admirados por pessoas mais velhas. Eu, como latino-americana, vejo a realeza como uma instituição arcaica, mas essa é uma opinião pessoal. Ao que tudo indica, haverá feriado no dia 19 de setembro, data do funeral. O Reino Unido decretou 12 dias de luto, mas não será feriado, só dia 19 mesmo”, relata.
A ituana também conta que o novo monarca, Rei Charles III, “não é muito amado no Reino Unido por conta da trágica relação com a princesa Diana” – Charles traiu a já falecida princesa com Camilla Parker Bowles, que assumiu o título de rainha consorte. “Mas a mídia trabalha duro para popularizar William e Kate”, finaliza Monica, reforçando os relatos da mídia de que o reinado de Charles será de transição para que seu filho assuma a coroa, rejuvenescendo a monarquia inglesa.