Ituanos participam do Carnaval fora de época de São Paulo
Os desfiles das escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro (divisão especial) foram adiados de fevereiro para este final de semana. A alteração se deu devido à pandemia de Covid-19, que no início do ano tinha registrado um crescimento no número de casos. Em algumas cidades, serão realizados também alguns blocos carnavalescos.
Em Itu, de acordo com o apurado pelo Periscópio junto à Prefeitura, nenhum evento público relacionado ao Carnaval será realizado no município. As escolas de samba da cidade, também não promoverão atividades relacionadas.
Porém, os ituanos não deixaram e não deixarão de cair na folia na capital paulista, no sambódromo do Anhembi. No último sábado (16), pela Escola de Samba Camisa 12, na Divisão de Acesso, o bicampeão mundial de futsal down, Renato Gregório, teve a honra de desfilar pela primeira vez e contou um pouco da experiência.
“Gostei muito de participar do desfie com a Camisa 12, gostaria de participar mais vezes. Foi muito legal. Eu desfilei junto com os meus companheiros de Seleção [Brasileira] e me receberam muito bom, me trataram muito bem. Foi muito emocionante estar lá”, comentou o craque brasileiro.
Já neste sábado (23), será a vez da esteticista Ivone Dutra desfilar. Será o sétimo ano que ela defenderá as cores da Mocidade Alegre, na Divisão Especial do Carnaval de São Paulo. Para poder voltar a “cair na folia” no Anhembi, foram dois anos de espera.
“Eu estava me sentindo muito ansiosa em relação a essa pandemia, comprei a fantasia, mas não tinha certeza se eu ia desfilar, porque era tudo muito indefinido e eu lembro que faltavam uns 15 dias para o primeiro ensaio técnico e eu decidi por amor ao meu pavilhão, à Mocidade Alegre, à ala Família da Morada, desfilar. É muito amor”, destaca Ivone.
A esteticista revela como foi a retomada. “Quando eu cheguei no primeiro ensaio técnico, foi um sentimento indescritível. Foi muita alegria, emoção, foi uma felicidade de poder estar ali, foi um agradecimento de poder estar viva, foi um sentimento de que a escola estava ali, nós estávamos ali para dar o nosso melhor, sentimos falta de alguns componentes da escola, perdemos muitos nessa pandemia e nós estávamos ali com uma felicidade muito grande tanto de desfilar quanto de voltar e agradecer pela vida, pois muitas se foram e nós estávamos ali”, afirma.
Segundo Ivone, foi um ensaio como se ela nunca tivesse desfilado. “Foi um sentimento de alegria, de choro, eu cantei muito, eu gritei muito, pois vieram muitos sentimentos. Afloraram muitos sentimentos. Tudo o que a gente passou nesses dois anos fechados dentro de casa, sem poder sair, e o Carnaval é uma alegria nossa, é algo verdadeiro. Você chega lá, você se transforma, você esquece todos os problemas lá fora”, conclui Ivone.