Manifestação chega ao 10º dia em Itu

Nesta quarta-feira (09) chega-se ao 10º dia da manifestação em frente ao Regimento Deodoro (Quartel de Itu), na Praça Duque de Caxias. Os participantes seguem exibindo faixas pedindo intervenção federal, socorro às Forças Armadas e também afirmando que o “Brasil foi roubado” (em inglês, “Brazil was stolen”).

Os manifestantes também carregam bandeiras do Brasil e faixas com o pedido de “SOS” às Forças Armadas. Uma bandeira do Brasil com um feto ao centro e a inscrição “Brasil sem aborto” também foi levantada.

Na segunda-feira (07), pôde ser visto também um cartas com os dizeres “Não ao comunismo”. Não há previsão para término do protesto. Segundo apurado pela reportagem, os manifestantes estão se revezando no acampamento montado e se mobilizando através das redes sociais para adquirir itens como descartáveis, café e filtro solar, além de contarem com doações.

O Periscópio conversou com João Carlos Pestana Ramos, um dos manifestantes. “Não existe uma informação oficial [sobre a manifestação]. O que existe é um pensamento comum. O pensamento comum é que a gente questiona o resultado das urnas e a gente quer analisar as provas de todas as instituições que monitoraram o processo eleitoral”, afirma.

 “Como nós confiamos no Exército Brasileiro e há um apontamento que é a instituição mais crível do Brasil na atualidade, isso é óbvio, ele foi criado para manter a ordem, a gente quer a manifestação dele, que ele se posicione. Se o Exército falar que está ‘tudo ok’, todo mundo volta para casa. Se o Exército falar que teve algum problema, apura-se e posicionam-se as pessoas responsáveis. Enquanto isso não acontecer a informação é de que ninguém arreda o pé”, prossegue Pestana.

O manifestante acrescenta. “Eu não posso falar pelos outros, estou falando por mim, porque não existe uma coordenação [do ato]”, conclui. Para a noite de terça-feira (08), os manifestantes estavam programando uma procissão com velas ao redor da Praça Duque de Caxias.