Menor foge de abrigo após causar danos no local, segundo Prefeitura

Menor teria fugido de casa de acolhimento após causar danos às instalações (Fotos: Divulgação)

Desde o último dia 17 de setembro, a adolescente Agatha Victoria Medve de Oliveira, de 17 anos, está desaparecida. Segundo informações de familiares, a menor estava abrigada desde o mês passado no Ceaca (Centro Atendimento à Criança e ao Adolescente), em Itu, de onde teria fugido.

Ao Periscópio, a mãe da menor falou sobre o caso. “Ela residia com minha mãe [em Itu], mas por situações que a colocavam em risco ela foi levada para um abrigo Ceaca na cidade de Itu até minha mãe procurar um local para morar e reaver a guarda novamente”, explica a familiar, que mora em Sorocaba.

No dia 13 deste mês, de acordo a mãe, Agatha teria enviado uma mensagem para ela e para a tia pedindo ajuda, dizendo que não estava bem e para que elas a tirassem de lá. “Na segunda-feira [19 de setembro] ficamos sabendo da fuga. Ela fugiu dia 17 de setembro e desde então não temos mais notícias”.

Agatha Victoria Medve de Oliveira (em destaque) tem 17 anos

 Ainda segundo a familiar, a filha faz uso de medicamentos para depressão e ansiedade. “Ela não ficaria tanto tempo sem dar notícias, pois ela é muito apegada a avó. Estamos desesperadas. Postei foto dela em redes sociais e o que consegui foi pessoas ruins pedindo dinheiro alegando que estavam com ela. Não sabemos mais o que fazer”, desabafa.

 O JP também esteve em contato com a tia da adolescente. A familiar mora na cidade de Dionísio Cerqueira/SC, e também fala sobre a situação. De acordo com tia, depois de um episódio de briga escolar e devido aos problemas dentro de casa em relação ao comportamento da jovem, o Conselho Tutelar teria a encaminhado ao abrigo, que procurou familiares que pudessem acolher a menor.

A tia acrescenta que, de agosto para cá, a mãe de Agatha também se ofereceu para acolher a filha. “O juiz iria decidir se ela iria ficar com a mãe, em Sorocaba, ou se viria para Santa Catarina e nesse meio tempo falaram que ela havia fugido e, de lá para cá, não nos informaram mais nada, atendem super mal. Não nos transmitem nenhuma segurança”.

A grande preocupação, segundo a tia, é que a sobrinha faz uso de remédio controlado, não dorme sem tomar o remédio e não fica sem entrar em contato com a avó, que mudou-se para Santa Catarina em meio a isso tudo. “É preocupante, pois foge do comportamento dela. É um baita ponto de interrogação e a gente fica de mãos atadas”, afirma.

O que diz a Prefeitura

O Periscópio também entrou em contato com a Prefeitura de Itu, que por meio de nota informa que recentemente a adolescente de 17 anos, que teria histórico de tentativas de fuga de outras casas de acolhimento, abandonou o Ceaca após causar “sérios danos às instalações”.

“Desde o primeiro momento, todas as providências foram tomadas e a Guarda Civil Municipal realiza buscas pela adolescente. Ressaltamos também que o Ceaca é uma casa de acolhimento que não pode ter qualquer vigilância ostensiva. O Ceaca trabalha incessantemente para garantir que os acolhidos fiquem bem instalados tenham uma reintegração social satisfatória”, prossegue.

 Ainda em nota, a administração municipal acrescenta fala da secretária de Promoção e Desenvolvimento Social, Alzira Guimarães, que afirma que a adolescente sempre foi bem acolhida e de forma nenhuma sofreu maus tratos.

A Prefeitura encerra a nota acrescentando que “a respeito da determinação do acolhimento, trata-se de uma decisão do Poder Judiciário. A condição de acolhida em abrigo se dá como medida de proteção às crianças e adolescentes que foram vítimas de algum tipo de violência, negligência ou maus tratos no meio onde viviam”.