Mônica Seixas apresenta candidatura coletiva em visita ao JP

Mônica Seixas é candidata a deputada estadual pelo PSOL/ Foto: André Roedel

Na última sexta-feira (28/09), a jornalista e candidata a deputada estadual pelo PSOL, Mônica Seixas, esteve no JP para falar sobre sua campanha e apresentar a proposta de cocandidatura através do projeto “Bancada Ativista” – um grupo suprapartidário de ativistas de diversas bandeiras que serão candidatos sob um único número.

“A candidatura da ‘Bancada Ativista’ é diferenciada, porque ela é mais de uma pessoa. Somos nove, de regiões diferentes, de pautas diferentes”, comenta. A maioria dos cocandidatos são de São Paulo, por isso a campanha tem sido focada lá. “Mas eu sou uma candidata dessa região. Eu moro em Itu, eu ainda vivo a realidade dessa cidade”, afirma, dizendo que há uma parcela da população ávida por uma política mais progressista.

Mônica faz críticas à postura política dos representantes regionais na Assembleia Legislativa (que, segundo ela, são sempre os donos de fazendas e imobiliárias) e à falta de fiscalização da Alesp nos mais de 20 anos de governo PSDB. “Formulação política, principalmente dos deputados dessa região, a gente viu muito pouco. Eu acho que é por isso que as pessoas estão muito animadas (com a nossa candidatura)”, declara, apontando que a “Bancada” conta com mais de 300 propostas.

As pautas do grupo vão do feminismo ao direito às cidades, passando por cultura e meio ambiente – principalmente na questão hídrica. “O problema do Estado de São Paulo não é falta d’água. A gente tem muitos rios. O problema é a poluição. Os rios estão todos poluídos”, comenta Mônica, dando como exemplo o Rio Tietê e criticando a política de despoluição adotada pelo Governo.

Para “estourar a bolha” do eleitor que já está acostumado com as pautas progressistas e atingir uma nova parcela da população, Mônica aposta na inovação política e comenta que nem todos dentro da “Bancada” são do PSOL, por exemplo. “As ruas têm mostrado as outras formas de organização política, debates horizontais, sem liderança, autogestionados e com ampla participação popular. A ‘Bancada’ fura a bolha por si só”.

A respeito do clima da campanha, Mônica diz que “as pessoas estão com tanta raiva da classe política como um todo que se você fala que está fazendo campanha já recebe como resposta ‘lixo’”. A candidata ainda comenta que está numa zona de risco por ser de esquerda e falar de “realidades que incomodam”, como pobreza, machismo, cultura de estupro e racismo. “Ninguém quer ouvir falar sobre essas coisas. As pessoas preferem que elas fiquem embaixo do tapete. Marielle (Franco, vereadora do PSOL no Rio de Janeiro) morreu por isso”.

Mônica relata que, apesar de ser bem recebida por uma crescente parcela da população ituana, ainda tem dificuldades para enfrentar o conservadorismo. “Eu tomo muito cuidado, porque eu tenho consciência que eu estou numa zona, numa cidade de risco. Mas o medo é um combustível muito poderoso para a gente tomar coragem de fazer transformações radicais”, apontando sua candidatura como necessária e que tem chances de vitória.

Um comentário em “Mônica Seixas apresenta candidatura coletiva em visita ao JP

  • 01/12/2018 em 01:45
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    Vocês só falam da mariele,e do Motorista não citam nem o nome dele porque? ele é só mais um nas estatísticas por ser pobre e menos famoso que ela.

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