Munícipe ituano apresenta denúncia contra o vereador Reginaldo Carlota

Rafael Boff pede a cassação do edil por uso de carro oficial da Câmara para fins particulares. Carlota se defende de acusações

 

O munícipe ituano Rafael Ribeiro Boff apresentou uma denúncia por infração político-administrativa contra o vereador Reginaldo Carlota (PTB). O documento foi lido no expediente da sessão desta segunda-feira (09). Em questão de ordem, o edil rebateu a denúncia e fez declarações polêmicas.

Na denúncia, Boff volta a falar sobre o caso em que Carlota teria usado o carro oficial da Casa de Leis para um compromisso particular no fim de março e começo de abril deste ano – caso este que está sendo objeto de ação civil pública movida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.

A denúncia pede ainda a instauração de um processo administrativo, o afastamento de Carlota do Legislativo até o desfecho e, por fim, a cassação de seu mandato parlamentar. “Deve ser observado que a conduta do vereador representado não é isolado e apenas macula a dignidade da Câmara de Vereadores de Itu”, aponta o documento.

Logo após a leitura da denúncia, o presidente José Galvão (DEM) disse que já expediu uma decisão no sentido de esperar a decisão do judiciário a respeito do caso. O chefe do Legislativo ituano ainda transmitiu seu parecer para a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar para que esta acate ou não a decisão. A referida comissão é composta pelos vereadores Givanildo Soares (PROS), Normino da Rádio (PHS) e o próprio Carlota. Normino preside.

 

Carlota responde

O vereador Reginaldo Carlota então pediu questão de ordem e deu sua resposta ao caso, antes agradecendo o parecer de Galvão. “Eu acho ridículo pessoas lá de fora, que todo mundo sabe que são claramente tendenciosas, que é perseguição política, começar a mandar documentos para essa Casa e vereador acatar”, disse o edil. “Tá cheio de cheio de vagabundo e invejoso na rua que fala mal de vereadores porque queria estar aqui”.

“Quase todos os dias eu recebo denúncias aqui de vários vereadores, tanto no âmbito pessoal quanto político. No entanto, eu nunca chego a conversar com o vereador sobre isso. Por quê? Porque não tem prova”, prosseguiu Carlota. “O dia que tiver uma prova e precisar do meu parecer, tudo bem”.

O vereador considerou o processo como “ridículo” e disse que ele será “desqualificado”. “Eu falo ridículo não por parte da promotora, que está fazendo o trabalho dela de investigar. Eu falo ridículo por ser claramente perseguição política. Eu não fiz absolutamente nada de anormal, não cometi nenhum crime. Tanto que esta Casa não vislumbrou nenhuma irregularidade”, comentou, dizendo ser um absurdo a Casa acatar esse tipo de denúncia, pois senão será aberto um precedente.