O Príncipe da Minha História
Quase todos guardam na lembrança a história daquele piloto privilegiado de Saint Exupéry, que sofreu uma pane em pleno deserto. Os dias se passavam. A provisão de água começava a preocupar. E ele, com as mãos sujas de graxa, peça por peça ia remontando o motor, quando uma vozinha de criança o interrompe para pedir:
– Desenha-me um carneiro!
Assim começa a história de um Pequeno Príncipe que abandonou seu planeta em busca de solução para seus problemas com uma rosa…
As coisas se modificam quando depois de visitar diversos planetas, acaba se encontrando com a raposa. Esse animalzinho, esperto e matreiro, tem a chave do segredo: para ser feliz, é preciso criar laços, cativar…
Então tudo começa a ter outro sentido: o tempo, a cor do trigo maduro, as estrelas do céu, os canteiros de rosas…
Com essa pequena história faço um paralelo com o casamento. Meu príncipe e eu, entramos nele com uma rosa na mão, como príncipes pequeninos, procurando por uma felicidade que a cada dia fugia das mãos. Nessa caminhada incerta e delicada, cada um com sua personalidade, suas características, suas qualidades e também seus limites e defeitos. Já por esse aspecto via-se que a união de um homem e uma mulher é sempre muito difícil, trabalhosa…
Mas somente os que cativam e criam laços são capazes de percorrer o caminho da reconstrução a dois.
Não foi fácil! Houve momentos bons, momentos alegres e também tristes, mas jamais faltou a coragem e a superação para vencer as diferenças, sempre sentindo a graça do sacramento do matrimônio.
Enquanto houver pessoa capaz de esperar ansiosa uma chegada, sentir uma partida, ter saudade de alguém, é porque ainda existe amor, existe então a esperança…
Como se diria no Livro do Pequeno Príncipe: “O que torna belo o deserto é que em algum lugar existe o poço”.
Enquanto houver esse “poço”, o amor nos transformará em príncipes de uma bela história de amor.
Ditinha Schanoski
Cadeira nº 09 I Patrono Benedito Motta Navarro