Oliveira Júnior tem o nome incluído em lista de procurados pela Polícia

A Promotoria de Justiça de Itu pediu à Justiça que o nome do ex-vice-prefeito de Itu, Élio Aparecido de Oliveira, mais conhecido como Oliveira Júnior, seja incluído em uma lista de pessoas procuradas pela polícia brasileira, com o intuito de evitar que o empresário deixe o país.

A Justiça acatou a solicitação da Promotoria e, com isso, todas as unidades da Polícia Federal do Brasil foram informadas da inclusão do nome de Oliveira no sistema. O mandado de prisão contra Oliveira foi emitido na última sexta-feira (26).

Na oportunidade, atendendo pedido da Promotoria de Justiça de Itu, a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, determinou que o juiz da 2ª Vara Criminal do Foro de Itu expedisse o mandado de prisão contra Oliveira Júnior pelo crime de homicídio duplamente qualificado do advogado Humberto da Silva Monteiro e pela tentativa de homicídio de Josué Soares Dantas, no ano de 2006. O pedido não cabe recurso.

Em fevereiro de 2015, o empresário, que já foi vereador da cidade de Ribeirão Preto, tendo sido cassado no ano de 2011 por quebra de decoro parlamentar, acabou condenado a 20 anos de prisão em regime fechado, porém seguia recorrendo em liberdade por ter residência fixa.

 

O caso

No ano de 2006, na região central de Itu, o advogado Humberto da Silva Monteiro foi morto com dois tiros na cabeça. A vítima se encontrava no banco do passageiro de uma caminhonete, dirigida pelo radialista Josué Dantas Filho, sendo ambos funcionários da Prefeitura.

Na ocasião, os autores do crime, que seria motivado por divergências políticas, atiraram também contra Dantas, porém erraram o alvo. Além de Oliveira Júnior, o mandante do crime, teriam participado da ação Tiago Martins Bandeira e Eduardo Aparecido Crepaldi, que estavam na motocicleta que abordou o veículo das vítimas.

Foram condenados pelo crime Luís Antônio Roque (conhecido como Tonhão) e o ex-policial militar Nicéias Brito, que eram seguranças de Oliveira. José Roberto Trabachini chegou a ser preso, porém foi o único inocentado pela Justiça quanto ao caso.

A reportagem tentou entrar contato com o advogado de defesa de Oliveira Júnior, Dr. Flávio Markman, mas não obteve sucesso até o fechamento desta edição.