Outubro Rosa: Exemplo de superação e de positividade!

Ivone juntamente com sua neta Iara, de seis meses (Foto: Arquivo pessoal)

O mês de outubro esta aí e com ele a campanha “Outubro Rosa”, que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero.

Em 2020, mais de 2,3 milhões de mulheres em todo o mundo descobriram que estavam com câncer de mama. No Brasil, no ano passado, aproximadamente 8 mil casos de câncer de mama tiveram relação direta com fatores comportamentais, como consumo de bebidas alcoólicas, excesso de peso, não ter amamentado e inatividade física. O número representa 13,1% dos 64 mil casos novos de câncer de mama em mulheres com 30 anos e mais, em todo o país, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Na última semana, a reportagem conversou com a esteticista Ivone Dutra, de 53 anos, que já protagonizou uma reportagem no JP em que relatou seu tratamento contra o câncer de mama, tendo passado por cirurgia e quimioterapia. Curada, ela volta a falar a respeito da doença e como está sua vida atualmente.

“Após ter tido um câncer de ama em 2014, eu consigo entender hoje porque eu tinha que passar por tudo aquilo. Foi para um aprendizado, para me interiorizar e pensar mais na minha vida, nos meus propósitos. Hoje, quando algo não está bem, paro, reflito e agradeço por tudo.Tirei um aprendizado muito grande. Independente de cor, raça, religião, temos que apoiar uns aos outros com uma palavra, um abraço ou um simples escutar”, comenta.

Esbanjando positividade, Ivone explica quem foi a sua inspiração e como se deu a trajetória. “Eu perguntei para meu médico se o câncer tinha cura e ele falou que 50% é medicina e 50% somos nós. Ele me disse que tive um câncer de mama por estresse e má alimentação. Então, o que ele me ensinou é que nós temos que nos cuidar e é o que eu falo para todas as mulheres, independente da situação em que elas estejam passando, que elas tenham força, que elevem o pensamento e que elas cuidem delas mesmas”, declara.

“É o principal, tem que se amar em qualquer circunstância da vida e assim como eu passei, todas irão passar”, destaca a esteticista. “Depois que eu tive o câncer eu passei a me dedicar a mim, comecei a dançar, a fazer corrida, atividade física, comecei a cuidar do meu corpo, não somente por uma questão de estética, mas pela minha saúde”.

O fato de ter retirado uma da mamas não a afetou em nenhum momento. “Não mudou fator algum como mulher em minha vida. Isso me ensinou mais. Isso me ensinou que a gente precisa estar bem conosco mesmo, nos interiorizar, nos amar, nos respeitar, porque o resto é só aparência, então hoje eu procure me espiritualizar, faço atividade física, hoje eu vivo, faço meditação, Ho’oponopono (uma prática havaiana antiga, com vista à reconciliação e ao perdão). Eu não só cuido da minha saúde física, como mental e espiritual”.

A passagem pelo tratamento do câncer e a superação da doença inegavelmente transformaram Ivone, e ela comenta com alegria. “Só podemos falar daquilo que passamos e hoje digo com orgulho: eu venci o câncer!”. Fazendo um balanço de sua trajetória até aqui ela afirma ser “muito mais feliz do que antes, pois sou eu mesma”. Além de ser esteticista massoterapeuta, atualmente Ivone é terapeuta holística.

“Hoje moro sozinha, eu tenho um lar, porque antes tinha uma casa bonita, muitas pessoas e sempre me sentia sozinha. Aprendi quem sempre esteve ao meu lado, tenho um cachorro companheiro e uma neta (Iara) de seis meses que é um dos meus maiores motivos para sorrir sempre”, derrete-se.

Exemplo de superação, ressignificação, resiliência e felicidade, Ivone aproveita para deixar uma mensagem para as mulheres que estão passando pelo tratamento de combate à doença. “A cura vem de dentro de você e as demais mulheres independente de sua idade, façam o autoexame, se previnam, pois a prevenção ainda é o melhor remédio”.